tag:blogger.com,1999:blog-62259008831382204252024-03-13T18:39:40.975+00:00Gritar infinitamente para o finito...porque o amor não se cala, eterno e imenso sentimento da alma...Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.comBlogger108125tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-29412824970880085252020-11-06T17:51:00.000+00:002020-11-06T17:51:09.854+00:00 𝐒𝐞 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐒𝐚ú𝐝𝐞 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐧𝐜𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐧ã𝐨 𝐟𝐨𝐢 𝐚𝐟𝐞𝐭𝐚𝐝𝐚, 𝐥𝐞𝐦𝐛𝐫𝐞-𝐬𝐞: 𝐄𝐒𝐓𝐀 𝐍Ã𝐎 É 𝐀𝐋𝐓𝐔𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐏𝐎𝐔𝐏𝐀𝐑.<div style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i style="text-align: left;"><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-_rXcTSfciBo/X6WMzP0sLOI/AAAAAAAAGCk/z7QK1x2RUFwpgOphyqu7kEWGXmYNedP1ACLcBGAsYHQ/s1080/Se%2Ba.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="373" src="https://1.bp.blogspot.com/-_rXcTSfciBo/X6WMzP0sLOI/AAAAAAAAGCk/z7QK1x2RUFwpgOphyqu7kEWGXmYNedP1ACLcBGAsYHQ/w373-h373/Se%2Ba.jpg" width="373" /></a></div><br /><i style="text-align: left;"><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i style="text-align: left;"><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i style="text-align: left;">O SNS precisa do esforço de cada um nós, e a economia precisa do consumo de quem não tem a sua saúde financeira comprometida.</i></div></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span><span style="font-family: verdana;">𝐒𝐞𝐫𝐯𝐢ç𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐬𝐭𝐚𝐮𝐫𝐚çã𝐨 – 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐦𝐞𝐧𝐝𝐞!<br /></span><span style="font-family: verdana;">Com o recolher domiciliário, com as limitações ao contacto social, os restaurantes, pastelarias e cafés vão sofrer um enorme impacto, não há como dourar a pílula. Mas há formas de minimizar. Não se sentem seguros num café e/ou restaurante? Encomendem para comer em casa. Se tinham o hábito de jantar fora de vez em quando, de tomar o pequeno-almoço fora ao domingo, encomendem. Vai saber muito bem! Mesmo que não tenham esse hábito, se puderem, encomendem.<br /></span><span style="font-family: verdana;">Como é óbvio, espera-se algum trabalho por parte dos restaurantes, pastelarias e cafés que querem fazer frente a esta crise. Espera-se que se adaptem, que adiram a serviços de entrega, que deem a conhecer a sua oferta nas redes sociais, que criem formas que simplifiquem a entrega em casa. </span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span><span style="font-family: verdana;">𝐏𝐫𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐍𝐚𝐭𝐚𝐥 – 𝐚𝐮𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞!<br /></span><span style="font-family: verdana;">Estamos perto do Natal. As prendas são sempre um grande encargo. Dizemos sempre que temos de encurtar a lista de pessoas e reduzir o valor de cada prenda. Mas, novamente, se a sua saúde financeira não foi afetada, não faça nada disto este ano. Aliás, se possível, aumente a lista. Perca mais tempo a escolher os locais e as prendas para tentar apoiar o comércio local. Compre com a consciência de que está a fazer a diferença para que essas lojas mantenham as suas portas abertas, porque quando isto passar, vai querer voltar. Também o comércio local se deve adaptar por forma a facilitar a encomendas dos seus clientes, que precisam de conhecer a sua oferta, sem ter de estar fisicamente na loja.<br /></span><span style="font-family: verdana;">Da mesma forma que a luta nacional contra o COVID-19 precisa do esforço individual para uma vitória coletiva, também a economia precisa do esforço de quem ainda pode para fazer a diferença na vida dos comerciantes. 𝐄𝐬𝐭𝐚 𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦 é 𝐮𝐦𝐚 𝐥𝐮𝐭𝐚 𝐧𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥.</span></div>Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-19994770050282433252020-03-04T22:46:00.001+00:002020-03-05T10:32:33.214+00:00Que a dor da guerra seja contagiosaGostava que a dor de quem perde tudo fosse contagiosa.<br />
<br />
Eu queria que o pânico do som das bombas, e o pó que se levanta quando as paredes caem, se propagassem até aqui. Gostava que o medo e a incerteza de quem não sabe se há um amanhã, de quem sobrevive em vez de viver, acompanhassem as andorinhas que vêm pousar nas árvores dos nossos jardins.<br />
<br />
Gostava que o choro e os gritos de quem desespera em alto mar, nos campos de refugiados, ou no meio da guerra, fossem ouvidos por todos nós, quando fechamos os olhos para dormir. Eu queria que a angústia que os pais sentem ao tentar levar os seus filhos para um lugar onde a probabilidade de morrer é ligeiramente menor, nos invadisse o coração a cada onda que rebenta na praia.<br />
<br />
Gostava que pudéssemos sentir a fome só por olhar para quem realmente a sente. Eu queria que todos nós soubéssemos que só tivemos sorte por ter nascido noutro lugar. Eu queria que ninguém se esquecesse que não há vidas mais valiosas do que outras.<br />
<br />
Ai que bom seria se tudo isto fosse contagioso! Era a certeza de que ninguém descansaria até haver uma solução. O medo que algo nos toque supera tudo.<br />
<br />
Por isso, que tudo isto seja contagioso.Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-495009795559120852018-12-20T18:04:00.001+00:002018-12-21T09:51:30.233+00:00GrindelwaldContinuo presa aos baloiços que já não existem. Continuo a adorar sentar-me na casinha de madeira que provavelmente se transformou em lenha. Continuo a adorar o parque em frente à Coop. Continuo a orgulhar-me por ter conseguido, ainda que por breves minutos, andar de patins no gelo, e até da dor no rabo ao cair na placa gelada tenho recordações. Continuo a sentir o cheiro das árvores na montanha e continuo a sentir frio ao recordar o gelo azul. Tento recuperar todos os cantos e recantos descobertos e perco-me entre a realidade distante em espaço e em tempo e a minha imaginação. Já não consigo distinguir. Recordo a melhor prenda que alguma vez recebi. O embrulho mais perfeito de que me lembro, com o objeto mais simples (um porta-lápis) que talvez já me tenham dado. O mais inesperado e, talvez por isso, o melhor.<br />
<br />
Lembro-me do morcego no corredor que todos achavam ser de brincar, mas não era. Lembro-me das bebidas entre a janela e a portada porque não havia mais onde as guardar. Lembro-me da música do Super Mário na Nintendo enquanto o meu pai e o meu irmão jogavam. Lembro-me dos meus penteados feitos pela minha querida Rosário e da forma como ela sempre me fez sentir especial e da vontade que eu tinha de me sentir assim para sempre. Lembro-me do Rui, do lado de fora do nosso quarto e lembro-me de sairmos para ir para o parque brincar. Não me lembro que saíamos pela janela e que isso era considerado fugir. Lembro-me do cheiro da lavandaria do hotel Spinne, enquanto as toalhas e os lençóis estavam a engomar. Lembro-me do piano junto à lavandaria. Lembro-me da bata e do crachá da minha mãe. Lembro-me do fato de cozinheiro do meu pai com o Mickey bordado. Lembro-me de dois quartos e uma casa, e dessa casa lembro-me da varanda onde tínhamos uma piscina - que nem sei como lá cabia - e dos bonecos bebés que saíam nas batatas fritas. Também me lembro da cozinha e das canecas que lá tínhamos e que ainda hoje procuro por serem um clássico. Lembro-me das caminhadas e de aprender a andar de bicicleta. Lembro-me das idas a Interlaken e de comermos frango assado num banco de jardim junto ao lago e de dar pão aos patos. Lembro-me dos origamis que os japoneses deixavam de gorjeta à minha mãe. Lembro-me dos iogurtes de baunilha, os únicos que comia, porque todos os outros tinham pedaços.<br />
<br />
Há muitos anos que não vou lá. Antes ainda regressava durante a noite, em sonhos que me deixavam viver tudo outra vez. Hoje recordei acordada a emoção que sentia no peito sempre que começava a subir até Grindelwald e as recordações começavam a surgir em catadupa. Que todas as crianças tenham o seu lugar mágico ao qual possam voltar sempre que precisem, durante toda a sua vida, ainda que essa viagem seja feita apenas através de memórias. Sentir saudades da infância é reconhecer que se foi feliz nas coisas mais simples da vida.<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;">A subida https://youtu.be/VWcJbayKKhc</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
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<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-PolSSmtD3_g/XBvYlQx6ljI/AAAAAAAAE5U/OKoeREnyQSwTXFK5QYmDLyai1dpyzOFDwCLcBGAs/s1600/Grindelwald.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-PolSSmtD3_g/XBvYlQx6ljI/AAAAAAAAE5U/OKoeREnyQSwTXFK5QYmDLyai1dpyzOFDwCLcBGAs/s320/Grindelwald.jpg" width="240" /></a></div>
Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-3137889858795432572014-01-31T11:14:00.001+00:002014-02-05T12:37:15.448+00:00Eu era a caloira "Pim"Eu andei na praxe durante algum tempo. Ninguém me obrigou a lá andar. Fui, como vim, pelo meu próprio pé. Chamaram-me, é certo, e eu fui porque quis. Odiei os primeiros dias, mas continuei a ir. Não sabia bem porquê, mas ia. Era esgotante, era irritante passar o tempo a olhar para o chão, era, muitas vezes, frustrante. Mas houve outras vezes em que era divertido.<br />
<div>
Eu não conhecia os outros caloiros. Nenhum. Mas isso não nos impediu de rapidamente trabalharmos em equipa quando assim era necessário, nem nos fazia olhar de lado para ninguém, nem julgar quem quer que fosse pelo que era acessório. Em praxe, sem sabermos quem éramos, éramos unidos.</div>
<div>
Quando atingi o meu limite, vim-me embora. Lembro-me de uns dias piores que outros e, assim que para mim passaram todos a ser maus, desisti. Falaram comigo. Tentaram convencer-me a ficar. Lembro-me de ouvir o veterano dizer-me "Sónia, olha para mim, quero conversar contigo, não precisas estar a olhar para o chão", e conversamos. Eu estava decidida e ele compreendeu e respeitou. Outros "doutores" vieram falar comigo fora da praxe, a tentar convencer-me a voltar (mas sem pressões). Eu não voltei. </div>
<div>
Durante uns dias, sentia-me mal sempre que via os meus colegas a serem praxados sem mim. Sentia que os tinha abandonado. E percebi uma parte de tudo aquilo.<br />
<br /></div>
<div>
Eu estaria do lado de todos os que querem acabar com a praxe, se alguém fosse obrigado a andar na praxe. Mas não é. Só vai quem quer. Sim, só vai quem quer, não venham com a conversa de pressões, porque estamos a falar de pessoas que se estão a preparar para a vida, é bom que saibam lidar com as pressões.</div>
<div>
Anormais há em todo o lado. Pode haver na praxe como noutro grupo de outra coisa qualquer. Acidentes podem haver nas mais variadíssimas situações. Por isso, também podem haver em praxe. Mas isso é uma opção de cada um. Ou aquilo a que se chama liberdade.<br />
<br />
As reacções anti-praxe mais acesas que vejo nas redes sociais são algo estranhas, por virem de quem vêm. São as pessoas que se dizem mais liberais que se revelam as mais radicais.Os mesmos que são a favor, por exemplo, da legalização das drogas leves porque, desde que devidamente informadas a respeito dos malefícios das mesmas, as pessoas têm o direito de fazer as suas opções, dizem que a praxe devia ser proibida. Mas então o mesmo argumento não se aplica? Eu diria que isso é, no mínimo, incoerente. Porquê essa incoerência? Porque, se calhar, não são tão tolerantes quanto se acham.<br />
<br /></div>
Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-87362267020870198472014-01-03T15:39:00.004+00:002014-01-03T15:39:52.392+00:00Casa dos SegredosQuero pedir desculpa aos fãs da Casa dos Segredos pela minha intolerância.<br />
Não, não acho que todas as pessoas que vêem esse tipo de programas são parvas, ou com QI reduzido ou desinteressantes. Não acho mesmo. Não acho porque conheço pessoas inteligentes e interessantes que vêem a Casa dos Segredos. Mas lá está, até os génios fizeram más opções nas suas vidas... "Pronto, lá está ela outra vez!" Não estou nada. Quero apenas explicar a minha repugnância por esse tipo de programas sem ser mal interpretada.<br />
<br />
Não tem apenas que ver com a falta de conteúdo relevante no programa ou com a minha falta de interesse por ver um monte de gente dentro de uma casa, tem acima de tudo a ver com a falta de princípios. E não estou a dizer que quem vê não tem princípios, não é isso. A curiosidade faz parte da natureza humana e é um facto que aquelas pessoas se põem voluntariamente a jeito para que lhes vasculhem a vida. Eu estou a falar da gente que produz e emite aquele tipo de programas. Aquela gente sabe que vai usar pessoas de verdade como se fossem bonecos; aquela gente sabe que vai passar conteúdos inapropriados e acessíveis às crianças; aquela gente sabe que há pais que não têm a inteligência de vedar aquele tipo de conteúdos aos filhos; aquela gente sabe que vai passar ao país uma ideia transfigurada de si próprio; àquela gente não interessa o futuro daquelas pessoas, mas apenas como o seu presente e passado podem contribuir para o aumento das audiências; àquela gente não interessa que todo o passado e todos os familiares dos concorrentes seja arrastado pelas revistas e pelas televisões (deixando uma gosma que me dá vómitos), àquela gente só interessa o dinheiro que todo aquele circo vai gerar. O dinheiro não pode justificar tudo.<br />
<br />
Compreendo que haja pessoas que conseguem ficar indiferentes a tudo isto. Eu não. Não consigo pactuar com a mesquinhez, o interesse desmedido e inconsequente que alguma gente tem. Não consigo dar valor a pessoas que, com certeza até terão valor, mas se querem dar a conhecer sem valor nenhum. Não consigo assistir a vidas reais serem ultrajadas, mesmo que tenham noção daquilo a que se propuseram. Há limites. E esse tipo de programas ultrapassa os meus em largos quilómetros.<br />
Portugal não é aquilo e mesmo aquelas pessoas não são <i>só</i> aquilo. Aquelas pessoas também têm pais e mães e eventualmente filhos, e incomoda-me vê-los como objectos. Peço-vos desculpa, eu compreendo que seja um programa de entretenimento e gabo-vos a capacidade de se abstraírem de toda a máquina que está por detrás do que aparece no ecrã e divertirem-se com aquilo, mas eu não consigo. Gostava de me conseguir rir e deixar de ser uma ovelha tresmalhada que se arma em parva e não quer ver, mas já tentei... Já tentei e não consigo.Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-71261636051273417792013-11-25T16:36:00.000+00:002013-11-26T16:39:06.423+00:00Sou menina de colégio. Há problema?Andei num colégio privado católico - o Colégio de São Gonçalo, em Amarante - desde os 4 até aos 18 de idade. E agradecia que parassem de me tentar fazer sentir mal por isso.<br />
Só conheci a realidade do ensino público quando entrei na faculdade. E o que posso dizer é que, se naquele momento o meu querido colégio tivesse Ensino Superior, tinha regressado a correr.<br />
<br />
Até aos 18 anos o que eu conhecia das escolas públicas era o que as minhas amigas que lá andavam diziam. Lembro-me de falar com elas sobre a escola e perguntar que trabalhos estavam a fazer em Educação Visual e Tecnológica e de uma delas me responder que não tinha tido a disciplina porque a Professora não tinha vindo no 1º período (todo). Lembro-me de no início do ano falarmos sobre os livros e de me dizerem várias vezes que ainda não tinham pegado nos livros do ano lectivo em curso porque ainda estavam a dar a matéria do ano anterior. Lembro-me de que as aulas no meu colégio começavam antes e acabavam depois das aulas da escola pública. O que para mim era uma chatice.<br />
Lembro-me de ter tido uma Professora de Educação Física que iria faltar às duas primeiras aulas do 1º Período por estar de licença de maternidade e de que foi contratado um professor substituto por causa dessas duas aulas.
Lembro-me de ter aulas das 9h às 17h. O horário podia mudar de ano para ano, mas todos tinham o mesmo. A hora de almoço era igual para todos. E as horas livres, por norma, eram passadas dentro da escola.<br />
Lembro-me de ver, várias vezes, "o pessoal do ciclo e da secundária" pelos "lados do colégio" porque os professores deles estavam em greve. E nós nunca tínhamos essa sorte. Lembro-me dos alertas dos professores, das conversas dos professores quando notavam que algo não estava bem. Lembro-me do "tu és capaz de mais, tens de fazer mais" que substituía o "se não quiserem aprender o problema é vosso, não é meu".<br />
Lembro-me de ter a mesma turma, mais um, menos um, desde o infantário até ao 9º ano. Deixei de fazer mais amigos? Não. Fiz amigos para a vida toda e não para aqueles anos. Amigos não, irmãos.<br />
Lembro-me de não querer estudar e de os professores não desistirem de mim. Lembro-me dos desafios para ser melhor, porque aqueles professores eram Professores que formavam pessoas. Tenho professores naquele colégio que nem o foram no sentido prático. Na minha memória foram meus professores, mas o facto é que nunca me chegaram a dar aulas. Mesmo assim, de uma maneira ou outra, cruzaram o meu caminho e marcaram quem sou.
Lembro-me de tantos momentos, tantas conversas que me ajudaram a fazer escolhas. Alertas e preocupações que passariam despercebidas por tantos. Mas ali não. Ali não se desistia das pessoas, tentava-se uma e outra vez.<br />
Aquele colégio era a minha casa. Cresci a sentir que eu importava, cresci a sentir que podia marcar a diferença e que tentar vale sempre a pena. Vi a preocupação e a alegria dos professores na despedida para a faculdade. Foi a despedida de uma enorme família e de uma grande casa.<br />
Quando cheguei à faculdade senti que não era nada. Eu era um número. Nenhum daqueles professores estava minimamente preocupado comigo, nem com nenhum dos meus colegas. Sim, foi um choque com a realidade. Se era preciso? Não sei. Estaria melhor preparada se tivesse andado sempre na escola pública? Habituada sim, preparada não. Se não tivesse andado no colégio não saberia da mesma forma o que são laços para a vida para além dos de sangue. Não sentiria da mesma forma que houve alguém que um dia acreditou muito em mim e que continua a esperar o melhor de mim.<br />
Eu sei que também há professores de verdade no ensino público. Mas não me convencem de que é a mesma coisa. E seria o ensino público melhor se eu e os outros alunos que recebiam subsídio para andar no colégio tivéssemos aumentado as turmas do ensino público? Haverá capacidade e condições nas escolas públicas para receber esse enorme acréscimo de alunos?<br />
<br />
E agora lembro-me que descanso seria para mim se aquele colégio também pudesse ser a casa do meu filho.Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-25007601639953191652013-08-15T16:07:00.001+01:002020-11-20T11:37:37.737+00:00Queiram tudo comigo<div class="MsoNormal">
Eu não sei que amor é este que me liga irremediavelmente a
esta Terra. Não encontro argumentos racionais suficientemente fortes para justificar
esta necessidade, esta dependência desta Terra. Eu não sei o que é, mas sei que
existe, porque eu sinto-a. Sim, o amor que se tem a esta terra é quase uma
religião. </div>
<div class="MsoNormal">
Quando quis crescer mais um pouco – quando quis continuar a
estudar – esta Terra obrigou-me a deixa-la. Mas sempre que vinha a casa, sempre
que a autoestrada começava a mostrar as placas com o seu nome e sempre que via
os quilómetros de distância a diminuir, eu começava a respirar melhor. Nessa
altura, acreditava eu que estava a colher noutro sítio conhecimentos que
poderia aplicar aqui, conhecimento que poderia pôr ao dispor da minha cidade.
Eu e todos os jovens que, como eu, tiveram de sair para estudar, iríamos voltar
e fazer Amarante avançar de forma consciente, assente no conhecimento das suas
gentes, sem medos, sem interesses, mas com muito Amor. Não voltei. Nem eu, nem
muitos dos que, como eu, saíram para estudar.</div><div class="MsoNormal"> </div>
<div class="MsoNormal">
Quando chegou a hora de arranjar emprego, Amarante
manteve-me lá fora. E assim passaram sete anos desde que deixei Amarante
temporariamente. Muitos dos que, como eu, a deixaram, não planeiam já voltar.
Perguntam-me: “para quê?”, e eu não sei dar uma resposta plausível. Eu moro
numa cidade que tem todos os serviços, todas as condições e algumas oportunidades,
mas só sonho com o dia em que poderei ter o código postal de Amarante como meu
novamente. Amarante, esta Terra que muitos descrevem como boa para passar a
reforma, como uma cidade sem oportunidades, sem juventude, sem futuro e, mesmo
assim, eu não consigo desejar o meu futuro noutra cidade. Porque nenhuma outra
é a minha. Amarante… este nome lindo, que, ao dizê-lo, parece não terminar.
Amarante… </div><div class="MsoNormal"> </div>
<div class="MsoNormal">
Sonho com a tranquilidade para mim, sonho poder levar o meu
filho a andar de bicicleta na ecopista e absorver todo aquele verde, respirar
este ar puro. Sonho com as ruas sem trânsito, sonho com os cafés à beira-rio. Sonho
com a oportunidade de poder contribuir com algo para o crescimento da minha
cidade. Porque, por mais tempo que
passe, por mais cidades que cruze, nenhuma delas é a minha. Eu sou o que sou
porque cresci aqui e não noutro lugar. Eu sou o que sou porque foram estas
paisagens, estas ruas e estas pessoas que me rodearam. A esperança não morreu,
nem a minha vontade e de muitos outros apaixonados por esta Terra. Com todo o
potencial que a nossa cidade tem, podemos, e devemos, criar as oportunidades. E
cada um de nós deve dar o seu melhor para agradecer o que esta cidade já fez
por nós, e criar todas as condições para que possa fazer muito mais e muito
melhor por muitos mais. </div><div class="MsoNormal"> </div>
<div class="MsoNormal">
O Amor faz-me querer mais para minha Terra. O amor faz-me
desejar para Amarante tudo o que ela merece e tudo o que a sua gente merece. O
amor não nos venda os olhos e faz dizer que está tudo bem. O amor não nos faz
conformar com o que está à nossa frente. A verdadeira paixão faz-nos querer tudo.
E eu quero tudo a que Amarante tem direito. E quero poder viver nesta terra que
agora é linda e que, um dia, poderá ser fantástica. </div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Não façam vista grossa. Queiram tudo comigo.</div>
Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-28479091556838608052013-03-11T13:05:00.000+00:002013-03-11T13:25:02.133+00:00O Queridinho<a href="http://3.bp.blogspot.com/-4_Peu4lMRo8/UT3a3Vwhr7I/AAAAAAAAAMo/5g-MyE2fTkQ/s1600/queridinho.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-4_Peu4lMRo8/UT3a3Vwhr7I/AAAAAAAAAMo/5g-MyE2fTkQ/s200/queridinho.jpg" width="177" /></a>Quando a distância começou a ser menos pesada, quando comecei a conseguir prender o desespero de os ver partir, nasceste tu. Achava eu que não podia haver maior vazio, dor mais dilacerante do que os ver partir sozinhos, mas vê-los partir contigo era simplesmente insuportável. Eles que me perdoem, mas só queria saber de ti. Era do meu pequenino que tinha saudades.<br />
<div>
Quando via um bebé na rua, imaginava como já devias ter crescido. Pensava nas gargalhadas, nas brincadeiras, nas traquinices que estava a perder. Quando nos reencontrávamos, custava ver que não percebias que ali estavam os teus irmãos. Era uma reconquista constante. Eram reencontros maravilhosos que me enchiam o coração e eu não queria voltar a esvaziá-lo. Mas essa hora chegava sempre.</div>
<div>
Tu não tens noção, pelo menos para já, do amor que te temos. Tu eras mais do que o nosso irmão. Eras a nossa união. A saudade passou a ter o teu rosto.</div>
<div>
Olhava para ti bebezinho e imaginava como serias quando tivesses a idade que hoje tens. Imaginava-te mais ao menos como hoje és.</div>
<div>
Quando chegou a tua vez de ficar também, já nem pensava na partida deles porque só conseguia pensar em como transformar os teus dias mais alegres, menos sofridos. As noites passaram a ser mais curtas, as tarefas, preocupações e responsabilidades mais longas, mas ver-te a crescer e a sorrir compensava tudo.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Hoje, nos meus sonhos, o teu rosto e o do Dinis aparecem misturados. Não és meu irmão desde sempre, houve muitas coisas que não partilhaste connosco, mas és o nosso menino e, por algum motivo, todos sofremos muito mais com a tua ausência. </div>
<div>
Cresce e mostra porque sempre te amamos tanto. Mostra que todos já sabíamos que irias ser um Grande homem, com um coração gigante.</div>
Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-26222198297654154852013-02-09T21:26:00.001+00:002013-02-10T17:39:36.288+00:00Carnaval em Portugal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://soniarte.blogs.sapo.pt/arquivo/050208jmr04d_(1)%5B1%5D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="136" src="http://soniarte.blogs.sapo.pt/arquivo/050208jmr04d_(1)%5B1%5D.jpg" width="200" /></a></div>
Quando penso no Carnaval português lembro-me dos caretos, das fantasias improvisadas em casa com a roupa dos pais ou com as nossas próprias roupas pintadas ou rasgadas.<br />
Para mim o Carnaval português são os desfiles das crianças que fizeram os seus fatos na escola, subordinados a um tema. O Carnaval são os carros alegóricos que apelam à sátira e à criatividade e à criatividade na sátira.<br />
O Carnaval português pode até ser uma oportunidade para crianças e adultos vestirem a pele dos seus super-heróis, de personagens diferentes, de encarnar figuras estranhas.<br />
<br />
O Carnaval do Brasil parece ser um Mundo. Parece animação sem fim, loucura e alegria total. De facto, poucas devem ser as pessoas que não gostariam de viver um Carnaval assim. Compreendo por isso a vontade de o recriar em Portugal. Compreendo mas não deixo de achar ridículo.<br />
Acho ridículo ver escolas de samba a desfilar em pleno INVERNO! Já pararam para pensar nessa pequena diferença? Por muito que queiram e por muito bem que as escolas dancem e desfilem e animem, nunca será um Carnaval como acontece no Brasil. Para mim não faz qualquer sentido, é uma luta estúpida contra as estações do ano. Não consigo acreditar que aquelas pessoas se estejam verdadeiramente a divertir. É que até o público deve estar a morrer de frio.<br />
Tendo em conta esta pequena adversidade que impedirá sempre que a cópia do Carnaval brasileiro seja bem sucedida em Portugal, não seria melhor valorizar mais o NOSSO Carnaval, apostar na afirmação da nossa identidade para assim termos um verdadeiro Carnaval português?<br />
Pronto, era só isto.Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-21517338912570772152012-11-16T13:43:00.001+00:002012-11-16T13:44:54.152+00:00A TPM dos portugueses e a Isabel JonetEsta semana todos fomos bombardeados pelas notícias das ofensivas declarações da Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome. Vi as notícias no telejornal e vi alguns comentários no facebook, mas não tinha ainda ouvido a tão polémica entrevista e tinha um certo receio de o fazer e ficar deveras irritada.<br />
<div>
Ontem, finalmente, vi a entrevista. Ontem ouvi atentamente as declarações de Isabel Jonet e procurei em cada frase um motivo para me indignar. Acontece que não encontrei nem um, mas fiquei na mesma verdadeiramente irritada, só que pelo facto dos portugueses continuarem a tapar o sol com a peneira em vez de encararem a realidade!</div>
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Acho que grande parte da indignação de algumas pessoas surge da incapacidade de compreender de que portugueses estava Isabel Jonet a falar e de um deturpador de afirmações que alguns colocam nos ouvidos sempre que se lhes é dirigida alguma crítica. </div>
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Meus caros, Isabel Jonet não estava a falar das pessoas mais pobres. Ela não estava a falar das pessoas que realmente não têm o que comer, às quais o dinheiro não chega, às que passam momentos dolorosos. Não sei se repararam, mas ela trabalha numa instituição que se dedica a ajudar essas mesmas pessoas... Isabel Jonet estava a alertar os que têm hipótese de fazer opções na forma como gerem o seu orçamento familiar, os que têm a chance de escolher como gastam o seu dinheiro, que é cada vez menos, por sinal - a classe média.</div>
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"Estamos a empobrecer porque vivíamos acima das nossas possibilidades": não é isto mais do que óbvio, mais do que discutido e admitido? Tanto o Governo português como grande parte das famílias portuguesas viviam acima das suas possibilidades, sem qualquer planeamento, sem pensar no dia seguinte.</div>
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"Ou vamos a um concerto de Rock ou vamos tirar uma radiografia quando caímos numa aula de ginástica": quantos, a sério, digam quantas pessoas é que vocês conhecem que têm dinheiro para ir a concertos ou a saídas à noite, mas depois não conseguem gastar dinheiro num tratamento médico com o mesmo valor? Não estarão as prioridades trocadas? Não estarão as eventualidades desprevenidas?</div>
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"Se nós não temos dinheiro para comer bifes todos os dias, não podemos comer bifes todos os dias": exactamente! Algumas pessoas têm pânico quando se fala em poupar na alimentação, mas isso é uma certa limitação de perceber o verdadeiro conceito. Poupar na alimentação não significa comer mal, não significa abdicar de nutrientes ou prejudicar a saúde, na maioria dos casos significa até o oposto. Repensar a alimentação e as opções que tomamos no supermercado não me parece uma sugestão nada ofensiva.</div>
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O facto de termos de fazer este tipo de coisas, o facto de estarmos nesta situação é revoltante? É, muito. Mas não se revoltem com quem nos aconselha sobre o que fazer nesta nova realidade, revoltem-se com quem nos pôs nesta situação.</div>
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Digo, do alto da minha irritação, que os portugueses foram extremamente injustos e ofensivos com a Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome. As reacções àquelas declarações mais pareciam uma crise de TPM colectiva. O facto de ela ter razão chateia, mas não matem o mensageiro. E o facto de ela ter toda a moral, conhecimento de causa e grande obra feita para falar, também deve ser uma grande chatice para muitos.</div>
Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-67167257917695517692012-09-27T13:07:00.000+01:002012-09-27T13:07:04.814+01:00Ele foi embora<a href="http://4.bp.blogspot.com/_u8mWQg-5ybU/TMcCSH7hEtI/AAAAAAAAABY/oX-8r_hx5Yc/s1600/bart-and-lisa-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="145" src="http://4.bp.blogspot.com/_u8mWQg-5ybU/TMcCSH7hEtI/AAAAAAAAABY/oX-8r_hx5Yc/s200/bart-and-lisa-1.jpg" width="200" /></a>Ele foi embora e eu não quis pensar muito nisso. Tenho este estranho mecanismo de defesa que consiste em olhar para as coisas como se elas fossem naturais. Vejo-as a acontecer mas recuso-me a pensar nelas com o coração. Porque isso dói.<br />
Ele foi embora agora, como já tinha ido embora há 3 anos atrás. Mas as distâncias são agora maiores. É a distância física, a psicológica e até a tecnológica. Mas eu argumentei a mim mesma que seria quase a mesma coisa. Mas não é.<br />
O aumento da distância física faz com que queiramos compensar com o aumento da interacção. Queremos ligar mais, escrever mais, ver mais... Quando não conseguimos, a noção das distâncias surge e belisca-me o coração.<br />
Durante a maior parte da minha vida (sim, continua a ser a maior parte), ele foi a minha metade. Quando paro para sentir o tempo, o vazio dói. Ele está longe demais no tempo e no espaço. A sabedoria popular diz que "o tempo cura tudo" e que "longe da vista, longe do coração". Eu recuso-me.<br />
Sempre ansiei para que nos déssemos melhor. Mas eu já não quero. Não são as relações cordiais que nos fazem "dar melhor", são as genuínas, as que nos faziam discutir e até andar à porrada, porque estávamos ali os dois, tal como éramos, de verdade.<br />
<br />
Ele já foi embora há muito tempo. Foi embora para nunca mais voltar. A minha dor vem dessa consciência. Crescer fez com que deixássemos de ser a metade um do outro. E por muito que aconteça nesta vida, nunca mais o seremos. E eu tenho pena de não saber o que sei hoje para aproveitar melhor o tempo que passou. Quanto mais cresço, mais o valorizo e melhor o compreendo.<br />
<br />
Guardarei todas as recordações com um Amor imenso para contar às seguintes gerações como era ser criança e ter irmãos.Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-44329572921497169082012-09-24T12:50:00.000+01:002012-09-24T12:52:26.716+01:00Estão todos a ir<a href="http://www.blogodorium.com.br/wp-content/uploads/mala.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="http://www.blogodorium.com.br/wp-content/uploads/mala.jpg" width="200" /></a>Um por um, todos se vão. Fazem as malas e nelas metem todos os sonhos que arrancaram desta terra. Um por um, vejo-os partir. Para os mais variados cantos do mundo. Todos os sítios têm em comum não ser este. Este que nos magoa, que espanca os sonhos, que nos hipoteca a vida. Os que não querem ver os sonhos morrer pegam neles e levam-nos para outro lado.<br />
<div>
Ao contrário do que antes acontecia, estes que agora vão não anseiam voltar."Voltar para quê? Aqui não temos nada". E dói ouvir. Dói ainda mais por ser verdade. E um a um ou dois a dois ou noutro número qualquer, todos se vão. </div>
Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-72972631096307582532012-09-10T12:18:00.002+01:002012-09-10T23:53:47.635+01:00A classe política e o comum dos mortaisEu não tenho partido político. Não tenho mesmo. E acho até que o conceito de partido político unido por ideais e políticas direccionadas já não existe. O que existe hoje são grupos de pessoas que pertencem a um determinado grupo e não sabem muito bem porquê, mas sabem para quê... Mas não é sobre isso que quero falar.<br />
Quero falar das semelhanças de todos eles e da nossa "culpa no cartório". Portugal parece uma batata quente que salta da mão do PS para o PSD e vice-versa. E todos querem segurar a batata quente, mesmo sem saber o que fazer com ela. Quando a sua incompetência vem ao de cima, só sabem dizer que quem aqueceu a batata foi quem a tinha antes.<br />
As promessas caem por terra porque as circunstâncias mudam sempre, e as que não caem pelas circunstâncias, caem pelos interesses. Como é o caso da diminuição do número de deputados no parlamento. Para que são precisos tantos deputados?? O desempenho é sempre o mesmo. Esta medida que o actual Primeiro-Ministro ponderou executar caso fosse eleito, foi esquecida. E dessa medida nenhum deputado fala. A oposição também é muito selectiva nas promessas que quer que o governo recorde...<br />
<br />
Depois há uma separação absurda entre classe política e o comum dos mortais. Um comum mortal, para chegar a um cargo de responsabilidade, tem de estudar e começar a trabalhar. Começam por cargos mais modestos para aprender e então poderem progredir na carreira.<br />
Um político inscreve-se na faculdade, torna-se membro da administração de uma empresa e pouco depois quer governar um país. Devem ser sobredotados, e conseguem assimilar todas as experiências que deveriam adquirir no processo de ascensão de carreira, num ápice. E devem deparar-se com tantos problemas, com tantas situações adversas no seu curto período de trabalho que ganham a confiança e o conhecimento para assumir a gestão de um país. Que inveja!<br />
<br />
É parvo, eu sei. É generalizar, também sei. Mas digamos que os últimos casos que têm vindo a público são mesmo assim. "Filho, se te queres dar bem mete-te na política".<br />
<br />
A culpa é nossa. Que raio de administração entrega a sua empresa nas mãos de um gestor que nunca provou nada, que não tem experiência nenhuma, baseando-se apenas no seu belo discurso? Uma administração sem juízo nenhum que não tem grande consideração pela sua empresa. Assim somos nós com Portugal.<br />
Enquanto deixarmos que o perfil dos políticos seja o mesmo, enquanto formos liderados por pessoas alienadas, vamos ser um país do outro mundo.<br />
Estou cansada de ver mais do mesmo. Cansada de ver o governo a pôr-nos a corda ao pescoço e arrastar-nos o banco debaixo dos pés. Cansada de ver uma oposição a reclamar sem sugerir alternativas viáveis. Cansada de ver as pessoas a reclamar só quando lhes vão ao bolso. É sempre mais do mesmo.<br />
<br />
Sejam criativos e governem como deve ser. Inovem. Olhar só para o passado e copiar o que se fez não chega. Engraçado que eu acho que estes são os conselhos que os próprios governantes costumam repetir às empresas portuguesas...Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-90762454203710149612012-09-07T16:15:00.000+01:002012-09-07T16:15:07.082+01:00Estupidificação consentida<b id="internal-source-marker_0.9437180887907743" style="font-weight: normal;"></b><br />
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.9437180887907743" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Não sei se é da condição humana ou apenas da condição de ser português, mas quanto mais ouço e vejo, mais confirmo que só damos valor às coisas quando as estamos prestes a perder.</span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.9437180887907743" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Isso está a acontecer agora com a RTP 2, por exemplo. A maioria da população – e são as estatísticas que o dizem – prefere assistir aos reality shows, mas querem ter a RTP 2 de reserva, para o caso de decidirem cultivar-se um bocadinho. </span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.9437180887907743" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sentados na mesa do café, todos somos cultos e todos nos preocupamos imenso com o serviço público, todos escolhemos os programas que nos podem trazer alguma mais-valia cultural. Todos criticamos o facto de não existirem mais eventos culturais, mais iniciativas. </span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.9437180887907743" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O grande problema é que a pessoa culta que há em nós fica presa à cadeira do café e quando chegamos a casa ligamos a televisão nos canais que nos mostram programas que não chegam a ser concorrentes dos outros que enaltecemos. Não são concorrentes porque não há qualquer proximidade em termos de conteúdo, no entanto, roubam toda a atenção dos portugueses.</span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.9437180887907743" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">De facto, entre ver um programa da BBC, Vida Selvagem ou a Casa dos Segredos da TVI, não há grande diferença, em termos analíticos. No entanto, o que acontece na prática é a estupidificação consentida dos participantes e o incompreensível interesse de um país inteiro em saber quem dorme com quem ou quem diz o quê. Mas o que raio isso contribui para a nossa felicidade?!</span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.9437180887907743" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quando me quero rir, vejo programas de comédia. Algumas pessoas nem devem saber que também há humor na RTP 2. Recuso-me a ver pessoas que entram para uma casa e acham que fazer determinadas figuras lhes vai servir de rampa de lançamento para alguma coisa. </span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.9437180887907743" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">As pessoas cedem ao comodismo nos programas televisivos que escolhem e transportam essas escolhas para a vida real. Não se informam sobre o que acontece à sua volta e quando a informação se esbarra consigo, fecham os olhos. Depois responsabilizam os outros da sua falta de interesse em programas sociais e culturais. Escondem-se no clichê “aqui não se faz nada, não se organiza nada” e deixam-se ficar sentadas à mesa do café.</span></b></div>
<b id="internal-source-marker_0.9437180887907743" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Vamos continuar a prestar atenção ao que de melhor se faz só quando estão prestes a fechar este ou aquele teatro, aquele ou o outro cinema, ou o canal mais rico que a televisão pública já conheceu.</span></b>Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-60462491858071534272012-09-03T17:05:00.001+01:002012-09-04T12:52:51.806+01:00Para mamãs lindasQuando o meu Dinis nasceu, tive vontade de escrever sobre a minha experiência de maternidade. O que eu pretendia era explicar às futuras mamãs aquilo que gostava que me tivessem explicado a mim.<br />
A questão é que fui escrevendo aqui e ali o que me ia na alma, mas no que respeita a indicações e conselhos práticos nunca disse nada.<br />
Antes que me esquecesse de tudo o que aprendi e ninguém me tinha contado, decidi deixar aqui algumas coisinhas. Isto porque a brincar a brincar o meu rebento já tem 14 meses e porque há muitas meninas conhecidas à espera de conhecer os seus. E sei que querem estar preparadas da melhor forma possível.<br />
<br />
Tentarei escrever sobre mais coisas depois, mas para já, deixo os conselhos que estão mais fresquinhos.<br />
<br />
<br />
<b>1. Super hidratação</b><br />
Não tenham medo de exagerar na hidratação da vossa pele na gravidez. Está oleosa? Óptimo! Menos probabilidade de ganhar estrias. Eu aconselho o seguinte: passem óleo de amêndoas doces pelo corpo (1), com especial generosidade na barriga e seios e todas as áreas do corpo que suspeitem que vão "esticar"; depois de secarem o corpo, passem um creme anti-estrias próprio para grávidas(2) e repitam ao deitar.<br />
Mas cada caso é um caso. Eu já tinha a pele particularmente seca e já tinha tendência a ficar com estrias. Durante a gravidez a pele do rosto e peito ficou bastante oleosa. Isso fez-me relaxar um pouco achando que todo o corpo se estava a proteger. E como preguiçosa que sempre fui, não utilizei os cremes com a frequência devida. A consequência pode ser vista em algumas estrias na zona do umbigo e nos seios. Mas tenho a certeza que se não tivesse tido cuidado nenhum de todo, teria bastantes estrias. Tenham os cuidados que conseguirem, se não servir para mais (mas acreditem que serve) que sirva para descargo de consciência.<br />
<br />
<b>2. Bons soutiens </b><br />
Durante esta fase, os seios vão sofrer grandes transformações. Primeiro vão aumentar de volume durante a gravidez, quando o bebé nascer, vão aumentar e diminuir constantemente por causa da amamentação, para além da tensão a que vão estar sujeitos. Eu considero o suporte essencial, por isso acho que os soutiens com aro (3) são os melhores porque ajudam a suportar o peso. Soutiens de amamentação com aro não são tão comuns como os de tecido apenas, nem tão confortáveis, mas eles existem e acreditem que nos ajudam a ter uma visão mais confortável ultrapassada esta fase.<br />
<br />
<b>3. A alimentação </b><br />
Já se sabe que é muito importante ter cuidado com a alimentação em todas as circunstâncias, principalmente na gravidez porque não queremos engordar demasiado nem prejudicar o bebé. Mas acabamos sempre por ouvir falar nos desejos de grávida que não podem ser negados. Bla bla! Durante a gravidez, as mulheres ficam com as suas hormonas alteradas e ficam mais sensíveis, não gostam de ser contrariadas e, inevitavelmente, ficamos também mais caprichosas. Mas quem quer o "chocolate" somos mesmo nós e não os bebés. E não vai nascer de cabelo arrebitado ou com outra coisa estranha por causa disso. Balelas! De facto, não convém que uma grávida se enerve ou fique a cismar porque não comeu "aquilo" que tanto queria, mas é escusado exagerar e achar que só porque pensou em determinada coisa tem de ir a correr comer porque é o bebé que quer.<br />
Aconselho as mamãs a pensarem nos nutrientes que querem passar ao bebé. Sim, se comerem bem, o vosso bebé também vai comer bem. O cálcio é particularmente importante. Neste caso não só para o bebé, mas também para as mamãs porque os bebés vão "roubar-nos" o cálcio e depois nós ressentimo-nos. Esse é o verdadeiro motivo para o enfraquecimento dos dentes das grávidas.<br />
Preocupem-se com a qualidade do que comem e não com a quantidade. A teoria de comer por dois, é MENTIRA. As mamãs devem comer a quantidade que as satisfaz e não forçar o estômago.<br />
<br />
<b>4. Cuidados amamentação</b><br />
Tenham o <a href="http://www.medela.com/PT/pt/breastfeeding/products/breast-care/breast-nipple-problems.html" target="_blank">Purelan</a> (4) sempre à mão. Com a amamentação é normal que os mamilos fiquem sensíveis e secos. O purelan deve ser das poucas coisas que podemos colocar nos seios e evita as gretas com que muitas mulheres ficam nos mamilos. Há ainda um truque que as enfermeiras me ensinaram que também serve para proteger o mamilo que é tão somente passar um pouco do próprio leite pelo mamilo. Eu sentia-me mais protegida com o purelan. Se não quiserem andar com o soutien (e não só) várias vezes molhado, é muito importante que usem sempre discos de amamentação (5). Para além de absorver o leite, protege o mamilo, que estará muito mais sensível e saliente, do contacto directo com o soutien.<br />
Não se assustem com a amamentação porque no mercado há mil e uma soluções para cada problema que possa surgir. E não sofram antes do tempo porque há mulheres que não têm problema nenhum com a amamentação. Eu não tive.<br />
Há também várias posições para dar de mamar e vão começar a perceber com qual se sentem mais confortáveis ou qual a preferida do bebé. Eu aconselho a utilização de uma almofada de amamentação (6). A almofada dá imenso jeito quando estão a dar de mamar sentadas. Isto porque, por muito que queiramos segurar o nosso bebé nos braços, as costas acabam por se ressentir. A tensão não faz bem a nenhum dos dois. A almofada ajuda a suportar o peso do bebé. Para além disso, eu usava a almofada para encostar o meu filho. É uma forma de não estar completamente deitado e ao mesmo tempo protegido e aconchegado.<br />
<br />
<b>5. Mitos e superstições</b><br />
Tenham muito cuidado com isto. Mas no sentido oposto: não se deixem influenciar por coisas que não têm sentido nenhum. Sejam racionais, para vosso bem e do vosso bebé! Senão as superstições passam a ter mais peso do que os conselhos médicos e isso não é nada inteligente.<br />
Se o médico nos diz para não beber álcool enquanto estamos a amamentar e vem a "tia" aconselhar a beber porque faz aumentar o leite, não deveria haver sequer hesitações em fazer o que o médico recomenda. Mas infelizmente muitas mulheres são influenciadas por isso e vivem amedrontadas. "Não uses colares", "Não passes debaixo de cordas", "Não andes com chaves no bolso",... Eu fiz tudo. O ridículo é que as pessoas são capazes de não ter cuidado com o que comem e bebem, ou seja, com coisas que realmente interferem no crescimento, e depois preocupam-se imenso com superstições. Ganhem tino! E não me venham dizer: "A "fulana tal" não ligou e o bebé nasceu com o cordão à volta do pescoço"... A isso chamam-se coincidências. Infelizes coincidências, por sinal. Pode até haver outra causa qualquer para ter nascido "assim ou assado", mas com certeza não será porque usou fios ao pescoço ou passou por baixo de cordas.<br />
Conselho: quando tiver alguma dúvida, por muito ridícula que possa parecer, perguntem ao médico. E se realmente querem aumentar a produção de leite, relaxem, descansem e bebam muita água.<br />
<br />
<b>6. Nasceu!</b><br />
Cada parto é um parto e todas as mulheres são diferentes e por conseguinte a sua recuperação também. Não posso falar por todas, mas posso falar por mim. Eu tive o meu filho de parto natural e de facto, duas horas depois já me levantava sozinha. Contudo, os pontos doíam-me. Sempre que fazia força para me levantar, sentar (o que tinha de ser de lado) custava-me um bocado. E assim foi durante quase um mês. Claro que as dores vão diminuindo, mas a recuperação não foi tão rápida quanto eu tinha imaginado. Descobri então, que as calças de ganga não eram a melhor opção para esta fase. As leggins, saias, o vestuário mais confortável (7) possível, são sem dúvida a melhor opção. Nesta fase preocupem-se mais com o conforto.<br />
Algo que também varia muito é a recuperação da barriga. Depois do meu filho nascer, a minha continuou enorme. Nos dias seguintes, ainda parecia estar grávida! Não pensem que se vão virar logo a fazer abdominais para recuperar a forma. Esqueçam, porque não podem mesmo fazer esforços por causa dos pontos. Mas ao mesmo tempo, os primeiros dias são os mais importantes, e é agora que vão sentir a primeira ajuda do vosso bebé: amamentação. Ao amamentar eu sentia as contracções dos músculos abdominais. Era a natureza a ajudar na recuperação do corpo. A amamentação não ajuda só no aumento das contracções musculares, mas também faz com que as mamãs tenham uma alimentação mais cuidada. Para além disso, a produção do leite gasta-nos muito do que se comeu... Por isso, amamentem!<br />
Uma grande ajuda para reafirmar o abdómen são as <a href="http://www.chicco.pt/ProdutosChicco/SchedaProdotto/tabid/278/art/00001136000010/Default.aspx" target="_blank">faixas</a> (8). Antes do parto estive para comprar uma cinta, mas depois dei graças por não ter cometido esse erro. Se a simples costura das calças me incomodava por causa dos pontos, não quero imaginar o desconforto que uma cinta me iria causar.<br />
<br />
<br />
<b>7. A sensibilidade do bebé.</b><br />
Há várias opiniões sobre a forma como as mães devem ou não abdicar de certos acessórios depois da gravidez. O vosso bebé é o ser mais frágil e sensível que vocês alguma vez conheceram e o meio envolvente traz imensas ameaças. É óbvio que não podem proteger de tudo, mas, na minha opinião, devemos proteger do que conseguirmos, principalmente das ameaças que dependem de nós.<br />
Eu deixei os colares, as pulseiras, os relógios, todos os acessórios que pudessem magoar o bebé. Nos primeiros meses, o bebé está literalmente colado a nós e às pessoas que nele pegam e por muito que se protejam com a fralda de pano, é preciso evitar sempre os perfumes, principalmente os intensos, e os cheiros fortes. O tabaco então é uma verdadeira praga. O cheiro prende-se aos tecidos e aos cabelos e o bebé fica em contacto com ele. Há mesmo que evitar!<br />
<br />
<br />
<b>Lista de compras/empréstimos falados acima:</b><br />
<br />
<i>1. óleo de amêndoas doces</i><br />
<i>2. creme anti-estrias próprio para grávidas</i><br />
<i>3. soutiens de amamentação com aro</i><br />
<i>4. <a href="http://www.medela.com/PT/pt/breastfeeding/products/breast-care/breast-nipple-problems.html" target="_blank">Purelan</a></i><br />
<i>5. discos de amamentação</i><br />
<i>6. almofada de amamentação</i><br />
<i>7. vestuário muito confortável (por causa dos pontos e da facilidade de amamentar</i><br />
<i>8. faixas pós-parto</i>Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-46441829951705024922012-08-23T17:28:00.000+01:002012-08-23T17:36:01.288+01:00Gosto pouco que me chateiem<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"></b><br />
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sou uma irritada. Já mo disseram e vão continuar a dizer-me precisamente porque vou continuar a sê-lo. Se não querem que seja irritada, não me irritem. </span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Hoje estou irritada com a hipocrisia.</span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A hipocrisia anda por aí à solta sem qualquer rédia e todos nós convivemos com ela com a maior naturalidade. Não sabemos pôr-lhe travão e já está tão enraizada que por muito que algumas alminhas lhe queiram fazer frente, não vão conseguir.</span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Irritam-me os elogios hipócritas. Da boca sai uma coisa mas os olhos mostram outra completamente diferente. Irrita-me ouvir aquelas mulheres, que tanto bateram nos filhos, dizer às mães que hoje dão uma palmada, “Não faça isso à criança” e a opinarem sobre tudo e mais alguma coisa sem se recordarem como é difícil a tarefa de educar uma criança, principalmente quando todos os outros adultos, cheios de sensatez, tentam arruinar todo o trabalho.</span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A hipocrisia das pessoas que contam coisas por maldade e por coscuvihice e depois dizem “pensei que sabia”, ou “eu digo isto para seu bem” causa-me náuseas. A alegria das pessoas em ver a infelicidade dos outros é uma tristeza. </span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Então o seu filho já conseguiu emprego? Olha que bom!”, é o que sai pela boca, mas o que podemos ler nos olhos é “de certeza que foi com cunha”. E o pior é que estas pessoas são as que mais indignadas ficam quando se vira o bico ao prego. </span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Eu gosto pouco que me chateiem com estas coisas. Detesto quando alguém nitidamente hipócrita nos enche de perguntas sobre a nossa vida e ache estranho que não lhe respondamos com um sorriso no rosto. Estes hipócritas são o resultado de falta de ocupação. São aqueles que não têm nada com que se entreter e acham que a vida dos outros pode ser a sua novela das 6. Destes hipócritas eu até costumo ter pena porque não conseguem encontrar nada mais divertido para fazer e acham que coscuvilhar a vida dos outros é do melhor que há. </span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></b></div>
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<b id="internal-source-marker_0.650863632792607" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas maior hipocrisia é a que tem repercurssões à grande escala, maior hipocrisia é a que vem espelhada nos telejornais e esmaga a vida prática de todos nós. Para compreender o que é hipocrisia no seu apogeu, não há nada melhor do que assistir a um debate no parlamento. Faça esse exercício. Mas aviso que é absolutamente hilariante.</span></b></div>
<br class="Apple-interchange-newline" />Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-64316475140101358002012-07-10T15:13:00.003+01:002012-07-10T15:13:57.329+01:00As circunstâncias<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-OG08pwwiwxY/Tm7PkPYWChI/AAAAAAAAB6s/sQD2rR0-c3M/s1600/transitoGR.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="116" src="http://3.bp.blogspot.com/-OG08pwwiwxY/Tm7PkPYWChI/AAAAAAAAB6s/sQD2rR0-c3M/s200/transitoGR.gif" width="200" /></a></div>
<div>
A animosidade que se encontra no trânsito todos os dias podia ser – e já foi com certeza – a base para variadíssimas análises sociais e psicológicas. A forma como se encara o “carro” que tenta meter-se quando a prioridade é nossa, o “anormal” que atrasa o trânsito porque faz a rotunda toda pela faixa da direita e o outro que não sabe para que servem os piscas está ao nível do tratamento que se dá aos árbitros nos jogos de futebol.</div>
<div>
A descaracterização que os “carros” assumem perante nós é, de facto, curiosa, mas também inevitável. Faço “mea culpa” e admito que também me irrito solenemente com os condutores que, por exemplo, ignoram que os passeios servem para os peões circularem e que convém que tenha uma certa largura, caso contrário carrinhos de bebé e cadeiras de rodas ficam proibidos de passar em segurança, só porque os confundem com uma excelente forma de estacionar à porta do seu destino. Confesso ainda que lanço olhares ferozes aos condutores quando me vêem na passadeira e convenientemente se esquecem do código da estrada que grita que a prioridade é minha. E então eu aceno a cabeça mais uma vez e fico a ferver por dentro.</div>
<div>
Não sou psicóloga nem socióloga, mas se tivesse de me basear no trânsito para descrever o condutor português não hesitaria: EGOÍSTA. Basicamente, quando estamos na estrada só nos interessa chegar ao nosso destino o mais rapidamente possível. Se podíamos deixar o outro passar e isso só nos atrasaria 5 segundos e ajudaria o trânsito a fluir melhor, não interessa. Na verdade, a maior parte das vezes nem se pensa nisso. A determinada altura, os outros carros transformam-se em meros obstáculos que é preciso ultrapassar ou contornar. As passadeiras nem se vêem e inevitavelmente os peões também não. Facilmente o trânsito se transforma numa verdadeira Selva e todos os condutores se acham os Reis.</div>
<div>
Quando, por milagre, se encontra uma Alma iluminada que cede a passagem a algum carro ou que pára na passadeira, leva buzinadelas. É como se de um sinal de fraqueza se tratasse.</div>
<div>
O curioso de tudo isto, é que, se as pessoas se cruzam fora dos carros, tudo muda. A falta de cordialidade, de respeito e de ordem, acontece com mais facilidade quando estamos dentro da carapaça. Somos capazes de buzinar “àquele burro” que virou sem dar pisca e, sem reconhecer, encontrá-lo no infantário do nosso filho a segurar-nos a porta para passarmos. E nós agradecemos com sorriso no rosto.</div>
<div>
A forma como as circunstâncias interferem com a nossa maneira de ser, se não fosse tantas vezes ridícula, poderia ser bastante engraçada.</div>Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-54580153457397984712012-06-21T16:50:00.003+01:002012-06-26T17:14:38.485+01:00Portugueses todos os dias<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Eu gosto dos que são portugueses todos
os dias, todo o ano.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Daqueles portugueses que se levantam
para ceder o lugar a quem está mais cansado, pelo tempo, do que
eles. Gosto dos portugueses que ajudam quem precisa a atravessar a
passadeira. Gosto de portugueses que devolvem aquilo que encontram
perdido e não lhes pertence. Gosto de portugueses que defendem quem
precisa. Gosto dos portugueses que cumprem os seus deveres cívicos,
conscientes de que é o melhor para o seu país. Gosto dos
portugueses que dão sorrisos aos outros, que sabem respeitar os
outros e gosto ainda mais dos que dão parte do seu tempo,
desinteressadamente, para ajudar os outros.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Não gosto dos portugueses que não são
nada disto e depois se acham mais portugueses do que todos os outros
porque vêem um jogo de futebol em que torcem pela selecção
nacional.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Mas sim, gosto ainda mais dos
portugueses que são verdadeiramente portugueses e torcem também por
Portugal não só no futebol, mas em todas as modalidades.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Sejam portugueses e não é só a
selecção que vai longe. É Portugal também.</div>Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-8832010969588077812012-06-18T16:34:00.002+01:002012-06-18T16:34:29.631+01:00Temos tanto<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<i>(Não quero generalizar, não digo que
não tenhamos a outra parte, digo apenas que também temos esta, e em
grande número)</i></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos crianças mal-educadas. </div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos
pais que se desresponsabilizam da má-educação dos filhos e tiram
satisfações com os professores.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos professores que não se
interessam pelo futuro dos alunos e olham para a profissão como uma
forma de ganhar dinheiro e não de educar, de instruir pessoas. Há
até os que comentam “eu não estou para me chatear, se não
quiserem aprender o problema é deles”. </div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos directores das
escolas que querem acreditar que está tudo bem porque procurar o
problema dá trabalho.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos políticos corruptos, temos
representantes dos maiores grupos económicos corruptos. </div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos
concursos públicos corrompidos, parcerias sujas e acordos manhosos. </div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos desportistas, árbitros e dirigentes corruptos.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos uma crescente taxa de
criminalidade violenta. </div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos a falta de respeito e de reconhecimento
pela autoridade das forças policiais. </div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Mas depois também temos os
polícias corruptos e criminosos.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos os futuros juízes a copiar no
exame da Ordem, temos todos os estudantes a copiar nos exames, mesmo
os que um dia vão ter as nossas vidas nas suas mãos.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos funcionários públicos que
tratam os utentes como se lhes tivessem a fazer um favor, como se só
os tivessem a estorvar. </div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos desempregados que não estão
desempregados e ganham dois ordenados. </div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos desempregados que estão
desempregados porque não querem trabalhar.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos fiscais que deveriam verificar a
veracidade das necessidades das pessoas, mas que têm medo ou acabam
corrompidos.
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos pessoas que não têm emprego
porque não têm experiência. </div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos pessoas que não têm emprego
porque têm mais de 40 anos.
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos pessoas que precisam dos
subsídios da Segurança Social para viver. </div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos uma Segurança
Social que se engana muito e não informa os cortes dos subsídios.
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos patrões que preferem comprar
Mercedes a pagar o ordenado aos funcionários.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos funcionários
que não sabem reconhecer o esforço dos patrões quando as coisas
correm mal.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos dirigentes que não sabem o que é
trabalhar, que não sabem o que é começar de baixo e evoluir por
mérito na carreira, a mandar-nos trabalhar e merecer o nosso lugar.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Temos políticos a deitar as culpas uns
aos outros por isto estar como está...</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Há um problema transversal a tudo
isto. O problema não é o que temos, mas antes aquilo que não
temos: valores! Nesta terra já não há valores morais. A honra, a honestidade, a
dignidade e o respeito acabarão por cair em desuso e desconfio que
no próximo acordo ortográfico acabem mesmo banidos do dicionário
português.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Isto resolve-se se fizerem questão de
reavivar os valores morais, se fizerem questão de os pôr em prática
todos os dias e se fizerem com que sejam exemplo para os vossos
filhos e todos os que vos são próximos. Porque se o fizerem, vão
ter mais vontade de reclamar quando virem alguém a ignorar estes
valores.</div>Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-1374020142503895032012-05-31T15:43:00.000+01:002012-06-01T12:18:16.394+01:00A vida tem mais cor.<a href="http://2.bp.blogspot.com/-pTrdPGZWQq8/T8eC60KwN9I/AAAAAAAAAL8/wtzs3RbzEyA/s1600/fotografi_2.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="o comilão" border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-pTrdPGZWQq8/T8eC60KwN9I/AAAAAAAAAL8/wtzs3RbzEyA/s200/fotografi_2.JPG" title="o comilão" width="200" /></a>As grandes chatices da minha vida agora são minorcas. Nas noites que mais me incomodava, aquelas noites em que decidia choramingar sem que eu percebesse porquê, deixava-me bastante irritada e a pensar que acordar assim é uma verdadeira chatice. Mas quando, entre o choro, sem eu contar, me dava um sorriso, a irritação fugia a sete pés.<br />
Nessas alturas eu comecei a perceber o verdadeiro sentido de ser mãe. Por muitos problemas que um filho nos dê, por muito que nos privemos do sono, de saídas, de tempo para nós, ele compensa-nos da maneira mais simples e honesta que poderia compensar: Amando-nos.<br />
Os dias nunca foram maus, mas agora, quando chega a hora de ir buscar o pimpolho à creche, o dia fica óptimo. Ver aquele sorriso maroto e ouvir aquelas gargalhadas ao fundo do corredor quando vê a mamã, é um mimo! Sim, as mães também são extremamente mimadas pelos seus bebés. O meu, pela quantidade de vezes que me esborracha contra ele e me tenta ferrar as bochechas deve ter aquele sentimento que nós temos por eles: "é que só apetece trincar!".<br />
Depois há as bofetadas. As bofetadas que ele dá a toda a gente em plenas gargalhadas e para poder desgastar as suas pilhas duracell.<br />
Os dentinhos a furar, uns atrás dos outros são um espectáculo. O seu interesse pelos comandos da televisão, pelos telemóveis e pelos computadores sobrepõe-se ao interesse pelos brinquedos de mil e uma cores e texturas, de musiquinhas de todos os tipos. Mas quando ele começa a "falar" mais alto do que nós, intermitentemente, é simplesmente delicioso. Se essa mania continuar, poderei finalmente dizer que em alguma coisa sai à mãe.<br />
Aquelas mãozinhas, aqueles pezinhos, todo ele um senhor em ponto pequeno, extremamente fofinho, facilmente me põe a suspirar.<br />
<br />
Perguntem-me se penso em como gostaria de continuar a dormir até à hora que me apetecesse, se penso em como gostaria de ter tempo só para mim e tomar decisões baseando-me apenas no que é melhor para mim, basicamente, se penso em como gostaria de me poder pôr em primeiro lugar. Às vezes penso. E sim, às vezes penso que era bom que isso ainda assim fosse. Mas é MUITO melhor ter o meu filho na minha vida.<br />
Uma verdadeira delícia! Um amor de perdição!Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-9975168948287232022012-04-04T16:31:00.014+01:002012-04-05T10:19:53.717+01:00Agora é medo.<span><span >Há pessoas que têm um enorme medo de morrer. Pessoas que se arrepiam só de pensar nessa possibilidade mais do que inevitável. A maioria das pessoas tem esse medo, mas eu não tinha.</span></span><div><span >Não tinha porque eu achava que estava pronta para morrer. Não porque não tivesse planos ou sonhos ou objectivos, não era nada disso. Tinha-os, sempre os tive e não eram poucos. Mas não tinha medo da morte porque, todos os dias, fazia o que achava correcto, o que a minha consciência me aconselhava e deixava-a sossegada.</span></div><div><div><div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><span >Por isso, eu estava preparada para morrer a qualquer momento. Deixaria muitos planos suspensos, muitos sonhos por concretizar, muitos sorrisos e gargalhadas por dar, mas não levaria pesos na consciência. </span></div><div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><span ><br /></span></div><div><span ><span>Mas o medo chegou. O meu medo chegou contigo. O meu medo chegou com a responsabilidade que tenho pela tua existência. A tua </span>dependência<span> prende-me a este mundo e aterroriza-me a possibilidade de teres de trilhar todos estes mistérios sem mim. A minha missão és tu. Eu tenho de te guiar, de te iluminar, de te proteger. E é o que eu mais quero. Os meus sonhos não morreram quando tu nasceste, apenas alteraste as minhas prioridades e penso nisso a sorrir.</span></span></div><div><span ><span>É aterrorizador o medo que sinto de poder ser privada de te ver crescer, de passar um dia sem ver esse sorriso maravilhoso. Fico aterrorizada com a possibilidade de não poder partilhar contigo os valores que gostava que tivesses sempre presentes na tua vida, a possibilidade de não te mostrar como amar </span>incondicionalmente<span> e de te fazer sentir a pessoa mais amada neste mundo.</span></span></div><div><span><span >Tenho medo que cresças sem mim. Não é por ser extraordinária ou melhor do que alguém, é por ser tua mãe. As mães são insubstituíveis.</span></span></div><div><span >Não olho para ti como outro Ser. Não consigo. Mas não te vejo como um pedaço de mim. Vejo-me como um pedaço de ti.</span></div><div><span ><br /></span></div><div><span >Afinal não posso dizer que conheço o Amor Supremo. Não posso porque a cada dia que passa eu amo-te ainda mais. Os sorrisos, as gargalhadas, as palminhas, o palrar, os passinhos, todas as tuas brincadeiras fazem crescer o Amor que considerava ser o Supremo. Dia após dia esse Amor cresce de forma incontrolável. E essa falta de controlo assusta-me. Jamais conseguirei espartilhar isto. Eu quero que este Amor te acompanhe para o resto da vida. Eu quero continuar a ser o teu escudo.</span></div><div><span >Agora tenho medo de morrer. </span></div></div></div>Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-3869462785757669572012-02-02T12:05:00.012+00:002012-02-06T10:14:14.775+00:00Poupem o nosso dinheiro!O Governo pede aos sindicatos para pensar no impacto que as greves têm na economia do país. Concordo. Mas peço ao Governo para pensar no impacto que as medidas de austeridade têm nas famílias portuguesas.<div><br /></div><div>Contam-se pelos dedos, ou nem se contam, os políticos que já tiveram de fazer contas à vida para tentar pagar todas as suas despesas e manter um nível de vida aceitável e, por isso, não têm a noção do que isso é. Não compreendem as dificuldades nem o sofrimento de quem trabalha, de quem contribui para o desenvolvimento da economia, mas depois tem de calar a enorme frustração de não conseguir gerir a sua própria vida.</div><div><br /></div><div>Gostava de ver os Senhores deputados a ter de optar por sardinhas para o jantar quando o que queriam comer era salmão. Gostava de os ver comer só carne de porco e frango, quando lhe apetecia um bife de vaca ou um cabrito assado. Eles não têm noção que estas escolhas estão presentes no dia-a-dia de quase todos os portugueses.</div><div><br /></div><div>Quando pedem mais espírito de sacrifício aos portugueses, não se imaginam, eles próprios, a ter de vender o carro, que para muitos é um instrumento de trabalho, porque não conseguem pagar o seguro, o combustível e a prestação.</div><div>Quando lhe sugerem que façam poupanças, não imaginam que o dinheiro quase não lhes chega para pagar as despesas da casa, dos filhos, da escola. Não sabem o que é querer levar o filho a um médico especialista, mas não poder, porque não têm dinheiro para a consulta. Não sabem o que é sentir-se encurralados, sufocados e não ver nenhuma luz ao fundo do túnel.</div><div>Não sabem e ainda bem. Não desejamos essa sorte a toda a gente. Não sabem, mas falam como se soubessem. Falam como se ainda fossem um exemplo a seguir. O Senhor Presidente da República assim fala. E qualquer português seguiria o seu exemplo, todo contente. </div><div>De facto com os rendimentos que o Senhor Presidente da República tem, e teve ao longo da sua vida, só se fosse muito desgovernado é que não conseguia fazer "poupanças". </div><div><br /></div><div>Eu não peço aos Senhores deputados para passarem pelas dificuldades acima inumeradas. Peço-lhes apenas que sejam sensatos e poupem o nosso dinheiro. Sejam conscientes e abdiquem de carros topo de gama, não aldrabem para receber ajudas de custo de que não precisam e façam o vosso trabalho. A avaliação de desempenho devia chegar ao parlamento. Tantos deputados para quê?</div><div><br /></div><div>As rendas dos imóveis que a Ministra da Justiça quer renegociar (e bem), os "concursos" públicos com critérios incompreensíveis e escolhas inacreditáveis, as lista de materiais com preços absurdos, como as da Segurança Social que foram tornadas públicas pela SIC, os infindáveis "não é por isto que o Estado vai ficar pobre", foram o grão a grão que esvaziaram o papo da nossa galinha! E agora tiram o grão às famílias que precisam verdadeiramente dele.</div><div><br /></div><div>Não gozem connosco. Temos estado quietos, mas um dia isto há-de acabar. Não brinquem com as nossas vidas muito menos com o futuro dos nossos filhos. Estou farta de ver quem trabalha a ser prejudicado e quem não faz nada, porque não quer, a receber RSI's altíssimos e a passear de Mercedes. Estou farta de ver quem realmente precisa a não receber ajuda nenhuma.</div><div><br /></div><div>-Reduzam o número de deputados;</div><div>-Cortem nas vossas regalias;</div><div>-Averigúem a real situação das pessoas que recebem subsídios (o que não tem de ser cortar de imediato e esperar que as pessoas se queixem, depois de passar meses literalmente à rasca);</div><div>-Sejam verdadeiros gestores e façam com que as entidades públicas passem a ser auto-sustentáveis;</div><div>-Poupem o nosso dinheiro!</div><div><br /></div><div><br /></div><div>Estou completamente farta.</div>Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-18159448477818449712011-12-22T18:09:00.004+00:002011-12-22T18:42:48.435+00:00Caixa de recordaçõesAs recordações de criança não ficam lá atrás. Nós estamos constantemente a chamar por elas. E mesmo as vivências mais azedas, acabam adocicadas.<br />Perceber as voltas que a vida dá, o que imaginamos que íamos ser no futuro e lembrar o que éramos na altura, é um exercício enriquecedor. Quando nos reencontramos com alguém que já pertenceu à nossa vida, acabamos por reviver esses tempos e eles acabam sempre mais coloridos do que foram na realidade, e muito mais ainda do que aquilo que achávamos que eles eram.<br />Nunca me apercebi, mas a minha infância foi doce. Mas apercebo-me frequentemente que a minha memória raramente falha, e que me lembro com estranha nitidez de muitos episódios. Às vezes emociono-me a recordar os tempos que já lá vão. Era tão bom se os pudéssemos voltar a viver, nem que fosse só alguns, nem que fosse só mais uma vez.<br />Eu quero que, para as outras pessoas, os episódios partilhados comigo sejam naturalmente doces e não porque estão no açucareiro que é a caixa das recordações. Quero poder contribuir para os sorrisos saudosos quando vemos "aquela" foto, quando reencontramos "aquele" caderno da escola, quando descobrimos "aquela" roupa.<br />Eu quero que a vida dos meus seja uma verdadeira tablete de chocolate no momento, e que seja um exagero de açucar ao recordar.<br />Está mesmo a chegar uma festa que guardamos sempre nas recordações. Então guardem coisas bonitas. A receita é não poupar na Alegria, nem no Carinho, nem no Amor. Depois é só usar a criatividade de cada um.<br /><br />Boas recordações para todos!Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-21556202138214706412011-08-14T02:13:00.000+01:002011-08-14T02:14:05.464+01:00O verdadeiro AmorEu sempre ouvi dizer que o "Amor de Mãe" é algo inexplicável. Não sei bem porquê, mas parece que todas as mães sempre fizeram questão de reservar a experiência só para si. Agora que faço parte do "complô", vou tentar explicar o que, para mim, é antes incomparável.
<br />O verdadeiro Amor é uma sensação maravilhosa. Sensação essa que os mais felizardos já puderam sentir e outros ainda mais sortudos conseguiram perpetuar por toda uma vida. Quando se ama, há algumas coisas que nos fazem sentir bem, que nos mostram que somos também amados. Sentir que a outra pessoa precisa de nós, que, de certa forma, a sua plena felicidade depende de nós, dá-nos uma sensação de bem-estar, de segurança. Pode até ser um pensamento um pouco egoísta, mas, por vezes, é o que nos mostra que o Amor é real, que é sincero.
<br />Amar e ser amado é a plenitude do Ser. Pede-se honestidade, desejamos ser sempre amados com a mesma intensidade e com toda a sinceridade. Esperamos que a essência do Amor nunca se desvaneça numa relação.
<br />Contudo, como infelizmente alguns também saberão, por vezes enganá-mo-nos. O Amor entre casais nunca é uma certeza absoluta.
<br />
<br />Mas o que existe entre uma mãe e um filho é a concretização do verdadeiro Amor.
<br />
<br />A necessidade, a dependência de um filho da sua mãe é a coisa mais genuína que existe. A forma como a reconhece apenas pelo cheiro é fantástica. A capacidade de reconhecimento da voz da mãe nos primeiros dias de vida é extraordinária.
<br />Ser o conforto e o alimento de alguém é incomparável. Quando se é Mãe conhece-se, por fim, o que é o verdadeiro Amor em toda a sua essência e com toda a pureza. O bebé não finge precisar da mãe, o nosso filho ama-nos incondicionalmente. A forma como se apoia no nosso peito, como reage à nossa voz, como se acalma quando nos sente por perto é incomparável.
<br />É incrível a forma como uma criança, cujo rosto acabámos de conhecer, uma criança que não consegue declarar-nos o sente por nós, consegue mostrá-lo tão honestamente e como consegue fazer com que a amemos como se tivéssemos já partilhado uma vida inteira. A dependência torna-se recíproca. A incapacidade de ouvir o choro do nosso filho sem sentir um aperto no peito, a forma como também nós nos reconfortamos com o mimo do nosso bebé, torna-nos dependentes.
<br />Admiramos cada traço do rosto do nosso bebé. Vibramos com cada gesto, cada movimento novo. Acompanhamos a sua evolução e o seu crescimento e parecemos nós as crianças ao comover-nos com acontecimentos que deveriam ser normais. Mas para nós é tudo fantástico. Afinal de contas, aquele pequenino ainda há pouco estava dentro de nós. Este Amor é sim uma certeza.
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<br />Isto é o Amor de Mãe.
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<br />Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6225900883138220425.post-48672586163645046282010-12-31T11:46:00.002+00:002010-12-31T11:46:52.424+00:00Feliz Ano NovoPara 2011 não desejo mais do que desejo todos os dias.<br /><br /><br />Não em 2011 mas antes todos os dias das vossas vidas, façam sempre o que vos parece mais acertado, procurem motivos para sorrir, ou melhor, criem-nos.<br /><br />Não baixem os braços perante dificuldades, respirem fundo e dêem um salto maior que o tamanho do obstáculo.Todos os dias contam e o que está para trás, se não servir para mais, serve para aprender. Tirem o melhor de tudo.<br /><br /><br />Feliz Ano Novo*Sonia Fileshttp://www.blogger.com/profile/14850130802979786497noreply@blogger.com1