31 de maio de 2012

A vida tem mais cor.

o comilãoAs grandes chatices da minha vida agora são minorcas. Nas noites que mais me incomodava, aquelas noites em que decidia choramingar sem que eu percebesse porquê, deixava-me bastante irritada e a pensar que acordar assim é uma verdadeira chatice. Mas quando, entre o choro, sem eu contar, me dava um sorriso, a irritação fugia a sete pés.
Nessas alturas eu comecei a perceber o verdadeiro sentido de ser mãe. Por muitos problemas que um filho nos dê, por muito que nos privemos do sono, de saídas, de tempo para nós, ele compensa-nos da maneira mais simples e honesta que poderia compensar: Amando-nos.
Os dias nunca foram maus, mas agora, quando chega a hora de ir buscar o pimpolho à creche, o dia fica óptimo. Ver aquele sorriso maroto e ouvir aquelas gargalhadas ao fundo do corredor quando vê a mamã, é um mimo! Sim, as mães também são extremamente mimadas pelos seus bebés. O meu, pela quantidade de vezes que me esborracha contra ele e me tenta ferrar as bochechas deve ter aquele sentimento que nós temos por eles:  "é que só apetece trincar!".
Depois há as bofetadas. As bofetadas que ele dá a toda a gente em plenas gargalhadas e para poder desgastar as suas pilhas duracell.
Os dentinhos a furar, uns atrás dos outros são um espectáculo. O seu interesse pelos comandos da televisão, pelos telemóveis e pelos computadores sobrepõe-se ao interesse pelos brinquedos de mil e uma cores e texturas, de musiquinhas de todos os tipos. Mas quando ele começa a "falar" mais alto do que nós, intermitentemente, é simplesmente delicioso. Se essa mania continuar, poderei finalmente dizer que em alguma coisa sai à mãe.
Aquelas mãozinhas, aqueles pezinhos, todo ele um senhor em ponto pequeno, extremamente fofinho, facilmente me põe a suspirar.

Perguntem-me se penso em como gostaria de continuar a dormir até à hora que me apetecesse, se penso em como gostaria de ter tempo só para mim e tomar decisões baseando-me apenas no que é melhor para mim, basicamente, se penso em como gostaria de me poder pôr em primeiro lugar. Às vezes penso. E sim, às vezes penso que era bom que isso ainda assim fosse. Mas é MUITO melhor ter o meu filho na minha vida.
Uma verdadeira delícia! Um amor de perdição!