16 de novembro de 2012

A TPM dos portugueses e a Isabel Jonet

Esta semana todos fomos bombardeados pelas notícias das ofensivas declarações da Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome. Vi as notícias no telejornal e vi alguns comentários no facebook, mas não tinha ainda ouvido a tão polémica entrevista e tinha um certo receio de o fazer e ficar deveras irritada.
Ontem, finalmente, vi a entrevista. Ontem ouvi atentamente as declarações de Isabel Jonet e procurei em cada frase um motivo para me indignar. Acontece que não encontrei nem um, mas fiquei na mesma verdadeiramente irritada, só que pelo facto dos portugueses continuarem a tapar o sol com a peneira em vez de encararem a realidade!
Acho que grande parte da indignação de algumas pessoas surge da incapacidade de compreender de que portugueses estava Isabel Jonet a falar e de um deturpador de afirmações que alguns colocam nos ouvidos sempre que se lhes é dirigida alguma crítica. 
Meus caros, Isabel Jonet não estava a falar das pessoas mais pobres. Ela não estava a falar das pessoas que realmente não têm o que comer, às quais o dinheiro não chega, às que passam momentos dolorosos. Não sei se repararam, mas ela trabalha numa instituição que se dedica a ajudar essas mesmas pessoas... Isabel Jonet estava a alertar os que têm hipótese de fazer opções na forma como gerem o seu orçamento familiar, os que têm a chance de escolher como gastam o seu dinheiro, que é cada vez menos, por sinal - a classe média.
"Estamos a empobrecer porque vivíamos acima das nossas possibilidades": não é isto mais do que óbvio, mais do que discutido e admitido? Tanto o Governo português como grande parte das famílias portuguesas viviam acima das suas possibilidades, sem qualquer planeamento, sem pensar no dia seguinte.
"Ou vamos a um concerto de Rock ou vamos tirar uma radiografia quando caímos numa aula de ginástica": quantos, a sério, digam quantas pessoas é que vocês conhecem que têm dinheiro para ir a concertos ou a saídas à noite, mas depois não conseguem gastar dinheiro num tratamento médico com o mesmo valor? Não estarão as prioridades trocadas? Não estarão as eventualidades desprevenidas?
"Se nós não temos dinheiro para comer bifes todos os dias, não podemos comer bifes todos os dias": exactamente! Algumas pessoas têm pânico quando se fala em poupar na alimentação, mas isso é uma certa limitação de perceber o verdadeiro conceito. Poupar na alimentação não significa comer mal, não significa abdicar de nutrientes ou prejudicar a saúde, na maioria dos casos significa até o oposto. Repensar a alimentação e as opções que tomamos no supermercado não me parece uma sugestão nada ofensiva.

O facto de termos de fazer este tipo de coisas, o facto de estarmos nesta situação é revoltante? É, muito. Mas não se revoltem com quem nos aconselha sobre o que fazer nesta nova realidade, revoltem-se com quem nos pôs nesta situação.
Digo, do alto da minha irritação, que os portugueses foram extremamente injustos e ofensivos com a Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome. As reacções àquelas declarações mais pareciam uma crise de TPM colectiva. O facto de ela ter razão chateia, mas não matem o mensageiro. E o facto de ela ter toda a moral, conhecimento de causa e grande obra feita para falar, também deve ser uma grande chatice para muitos.

27 de setembro de 2012

Ele foi embora

Ele foi embora e eu não quis pensar muito nisso. Tenho este estranho mecanismo de defesa que consiste em olhar para as coisas como se elas fossem naturais. Vejo-as a acontecer mas recuso-me a pensar nelas com o coração. Porque isso dói.
Ele foi embora agora, como já tinha ido embora há 3 anos atrás. Mas as distâncias são agora maiores. É a distância física, a psicológica e até a tecnológica. Mas eu argumentei a mim mesma que seria quase a mesma coisa. Mas não é.
O aumento da distância física faz com que queiramos compensar com o aumento da interacção. Queremos ligar mais, escrever mais, ver mais... Quando não conseguimos, a noção das distâncias surge e belisca-me o coração.
Durante a maior parte da minha vida (sim, continua a ser a maior parte), ele foi a minha metade. Quando paro para sentir o tempo, o vazio dói. Ele está longe demais no tempo e no espaço. A sabedoria popular diz que "o tempo cura tudo" e que "longe da vista, longe do coração". Eu recuso-me.
Sempre ansiei para que nos déssemos melhor. Mas eu já não quero. Não são as relações cordiais que nos fazem "dar melhor", são as genuínas, as que nos faziam discutir e até andar à porrada, porque estávamos ali os dois, tal como éramos, de verdade.

Ele já foi embora há muito tempo. Foi embora para nunca mais voltar. A minha dor vem dessa consciência. Crescer fez com que deixássemos de ser a metade um do outro. E por muito que aconteça nesta vida, nunca mais o seremos. E eu tenho pena de não saber o que sei hoje para aproveitar melhor o tempo que passou. Quanto mais cresço, mais o valorizo e melhor o compreendo.

Guardarei todas as recordações com um Amor imenso para contar às seguintes gerações como era ser criança e ter irmãos.

24 de setembro de 2012

Estão todos a ir

Um por um, todos se vão. Fazem as malas e nelas metem todos os sonhos que arrancaram desta terra. Um por um, vejo-os partir. Para os mais variados cantos do mundo. Todos os sítios têm em comum não ser este. Este que nos magoa, que espanca os sonhos, que nos hipoteca a vida. Os que não querem ver os sonhos morrer pegam neles e levam-nos para outro lado.
Ao contrário do que antes acontecia, estes que agora vão não anseiam voltar."Voltar para quê? Aqui não temos nada". E dói ouvir. Dói ainda mais por ser verdade. E um a um ou dois a dois ou noutro número qualquer, todos se vão. 

10 de setembro de 2012

A classe política e o comum dos mortais

Eu não tenho partido político. Não tenho mesmo. E acho até que o conceito de partido político unido por ideais e políticas direccionadas já não existe. O que existe hoje são grupos de pessoas que pertencem a um determinado grupo e não sabem muito bem porquê, mas sabem para quê... Mas não é sobre isso que quero falar.
Quero falar das semelhanças de todos eles e da nossa "culpa no cartório". Portugal parece uma batata quente que salta da mão do PS para o PSD e vice-versa. E todos querem segurar a batata quente, mesmo sem saber o que fazer com ela. Quando a sua incompetência vem ao de cima, só sabem dizer que quem aqueceu a batata foi quem a tinha antes.
As promessas caem por terra porque as circunstâncias mudam sempre, e as que não caem pelas circunstâncias, caem pelos interesses. Como é o caso da diminuição do número de deputados no parlamento. Para que são precisos tantos deputados?? O desempenho é sempre o mesmo. Esta medida que  o actual Primeiro-Ministro ponderou executar caso fosse eleito, foi esquecida. E dessa medida nenhum deputado fala. A oposição também é muito selectiva nas promessas que quer que o governo recorde...

Depois há uma separação absurda entre classe política e o comum dos mortais. Um comum mortal, para chegar a um cargo de responsabilidade, tem de estudar e começar a trabalhar. Começam por cargos mais modestos para aprender e então poderem progredir na carreira.
Um político inscreve-se na faculdade, torna-se membro da administração de uma empresa e pouco depois quer governar um país. Devem ser sobredotados, e conseguem assimilar todas as experiências que deveriam adquirir no processo de ascensão de carreira, num ápice. E devem deparar-se com tantos problemas, com tantas situações adversas no seu curto período de trabalho que ganham a confiança e o conhecimento para assumir a gestão de um país. Que inveja!

É parvo, eu sei. É generalizar, também sei. Mas digamos que os últimos casos que têm vindo a público são mesmo assim. "Filho, se te queres dar bem mete-te na política".

A culpa é nossa. Que raio de administração entrega a sua empresa nas mãos de um gestor que nunca provou nada, que não tem experiência nenhuma, baseando-se apenas no seu belo discurso? Uma administração sem juízo nenhum que não tem grande consideração pela sua empresa. Assim somos nós com Portugal.
Enquanto deixarmos que o perfil dos políticos seja o mesmo, enquanto formos liderados por pessoas alienadas, vamos ser um país do outro mundo.
Estou cansada de ver mais do mesmo. Cansada de ver o governo a pôr-nos a corda ao pescoço e arrastar-nos o banco debaixo dos pés. Cansada de ver uma oposição a reclamar sem sugerir alternativas viáveis. Cansada de ver as pessoas a reclamar só quando lhes vão ao bolso. É sempre mais do mesmo.

Sejam criativos e governem como deve ser. Inovem. Olhar só para o passado e copiar o que se fez não chega. Engraçado que eu acho que estes são os conselhos que os próprios governantes costumam repetir às empresas portuguesas...

7 de setembro de 2012

Estupidificação consentida


Não sei se é da condição humana ou apenas da condição de ser português, mas quanto mais ouço e vejo, mais confirmo que só damos valor às coisas quando as estamos prestes a perder.
Isso está a acontecer agora com a RTP 2, por exemplo. A maioria da população – e são as estatísticas que o dizem – prefere assistir aos reality shows, mas querem ter a RTP 2 de reserva, para o caso de decidirem cultivar-se um bocadinho.  
Sentados na mesa do café, todos somos cultos e todos nos preocupamos imenso com o serviço público, todos escolhemos os programas que nos podem trazer alguma mais-valia cultural. Todos criticamos o facto de não existirem mais eventos culturais, mais iniciativas.
O grande problema é que a pessoa culta que há em nós fica presa à cadeira do café e quando chegamos a casa ligamos a televisão nos canais que nos mostram programas que não chegam a ser concorrentes dos outros que enaltecemos. Não são concorrentes porque não há qualquer proximidade em termos de conteúdo, no entanto, roubam toda a atenção dos portugueses.
De facto, entre ver um programa da BBC, Vida Selvagem ou a Casa dos Segredos da TVI, não há grande diferença, em termos analíticos. No entanto, o que acontece na prática é a estupidificação consentida dos participantes e o incompreensível interesse de um país inteiro em saber quem dorme com quem ou quem diz o quê. Mas o que raio isso contribui para a nossa felicidade?!
Quando me quero rir, vejo programas de comédia. Algumas pessoas nem devem saber que também há humor na RTP 2. Recuso-me a ver pessoas que entram para uma casa e acham que fazer determinadas figuras lhes vai servir de rampa de lançamento para alguma coisa.
As pessoas cedem ao comodismo nos programas televisivos que escolhem e transportam essas escolhas para a vida real. Não se informam sobre o que acontece à sua volta e quando a informação se esbarra consigo, fecham os olhos. Depois responsabilizam os outros da sua falta de interesse em programas sociais e culturais. Escondem-se no clichê “aqui não se faz nada, não se organiza nada” e deixam-se ficar sentadas à mesa do café.
Vamos continuar a prestar atenção ao que de melhor se faz só quando estão prestes a fechar este ou aquele teatro, aquele ou o outro cinema, ou o canal mais rico que a televisão pública já conheceu.

3 de setembro de 2012

Para mamãs lindas

Quando o meu Dinis nasceu, tive vontade de escrever sobre a minha experiência de maternidade. O que eu pretendia era explicar às futuras mamãs aquilo que gostava que me tivessem explicado a mim.
A questão é que fui escrevendo aqui e ali o que me ia na alma, mas no que respeita a indicações e conselhos práticos nunca disse nada.
Antes que me esquecesse de tudo o que aprendi e ninguém me tinha contado, decidi deixar aqui algumas coisinhas. Isto porque a brincar a brincar o meu rebento já tem 14 meses e porque há muitas meninas conhecidas à espera de conhecer os seus. E sei que querem estar preparadas da melhor forma possível.

Tentarei escrever sobre mais coisas depois, mas para já, deixo os conselhos que estão mais fresquinhos.


1. Super hidratação
Não tenham medo de exagerar na hidratação da vossa pele na gravidez. Está oleosa? Óptimo! Menos probabilidade de ganhar estrias. Eu aconselho o seguinte: passem óleo de amêndoas doces pelo corpo (1), com especial generosidade na barriga e seios e todas as áreas do corpo que suspeitem que vão "esticar"; depois de secarem o corpo, passem um creme anti-estrias próprio para grávidas(2) e repitam ao deitar.
Mas cada caso é um caso. Eu já tinha a pele particularmente seca e já tinha tendência a ficar com estrias. Durante a gravidez a pele do rosto e peito ficou bastante oleosa. Isso fez-me relaxar um pouco achando que todo o corpo se estava a proteger. E como preguiçosa que sempre fui, não utilizei os cremes com a frequência devida. A consequência pode ser vista em algumas estrias na zona do umbigo e nos seios. Mas tenho a certeza que se não tivesse tido cuidado nenhum de todo, teria bastantes estrias. Tenham os cuidados que conseguirem, se não servir para mais (mas acreditem que serve) que sirva para descargo de consciência.

2. Bons soutiens
Durante esta fase, os seios vão sofrer grandes transformações. Primeiro vão aumentar de volume durante a gravidez, quando o bebé nascer, vão aumentar e diminuir constantemente por causa da amamentação, para além da tensão a que vão estar sujeitos. Eu considero o suporte essencial, por isso acho que os soutiens com aro (3) são os melhores porque ajudam a suportar o peso. Soutiens de amamentação com aro não são tão comuns como os de tecido apenas, nem tão confortáveis, mas eles existem e acreditem que nos ajudam a ter uma visão mais confortável ultrapassada esta fase.

3. A alimentação
Já se sabe que é muito importante ter cuidado com a alimentação em todas as circunstâncias, principalmente na gravidez porque não queremos engordar demasiado nem prejudicar o bebé. Mas acabamos sempre por ouvir falar nos desejos de grávida que não podem ser negados. Bla bla! Durante a gravidez, as mulheres ficam com as suas hormonas alteradas e ficam mais sensíveis, não gostam de ser contrariadas e, inevitavelmente, ficamos também mais caprichosas. Mas quem quer o "chocolate" somos mesmo nós e não os bebés. E não vai nascer de cabelo arrebitado ou com outra coisa estranha por causa disso. Balelas! De facto, não convém que uma grávida se enerve ou fique a cismar porque não comeu "aquilo" que tanto queria, mas é escusado exagerar e achar que só porque pensou em determinada coisa tem de ir a correr comer porque é o bebé que quer.
Aconselho as mamãs a pensarem nos nutrientes que querem passar ao bebé. Sim, se comerem bem, o vosso bebé também vai comer bem. O cálcio é particularmente importante. Neste caso não só para o bebé, mas também para as mamãs porque os bebés vão "roubar-nos" o cálcio e depois nós ressentimo-nos. Esse é o verdadeiro motivo para o enfraquecimento dos dentes das grávidas.
Preocupem-se com a qualidade do que comem e não com a quantidade. A teoria de comer por dois, é MENTIRA. As mamãs devem comer a quantidade que as satisfaz e não forçar o estômago.

4. Cuidados amamentação
Tenham o Purelan (4) sempre à mão. Com a amamentação é normal que os mamilos fiquem sensíveis e secos. O purelan deve ser das poucas coisas que podemos colocar nos seios e evita as gretas com que muitas mulheres ficam nos mamilos. Há ainda um truque que as enfermeiras me ensinaram que também serve para proteger o mamilo que é tão somente passar um pouco do próprio leite pelo mamilo. Eu sentia-me mais protegida com o purelan. Se não quiserem andar com o soutien (e não só) várias vezes molhado, é muito importante que usem sempre discos de amamentação (5). Para além de absorver o leite, protege o mamilo, que estará muito mais sensível e saliente, do contacto directo com o soutien.
 Não se assustem com a amamentação porque no mercado há mil e uma soluções para cada problema que possa surgir. E não sofram antes do tempo porque há mulheres que não têm problema nenhum com a amamentação. Eu não tive.
Há também várias posições para dar de mamar e vão começar a perceber com qual se sentem mais confortáveis ou qual a preferida do bebé. Eu aconselho a utilização de uma almofada de amamentação (6). A almofada dá imenso jeito quando estão a dar de mamar sentadas. Isto porque, por muito que queiramos segurar o nosso bebé nos braços, as costas acabam por se ressentir. A tensão não faz bem a nenhum dos dois. A almofada ajuda a suportar o peso do bebé. Para além disso, eu usava a almofada para encostar o meu filho. É uma forma de não estar completamente deitado e ao mesmo tempo protegido e aconchegado.

5. Mitos e superstições
Tenham muito cuidado com isto. Mas no sentido oposto: não se deixem influenciar por coisas que não têm sentido nenhum. Sejam racionais, para vosso bem e do vosso bebé! Senão as superstições passam a ter mais peso do que os conselhos médicos e isso não é nada inteligente.
Se o médico nos diz para não beber álcool enquanto estamos a amamentar e vem a "tia" aconselhar a beber porque faz aumentar o leite, não deveria haver sequer hesitações em fazer o que o médico recomenda. Mas infelizmente muitas mulheres são influenciadas por isso e vivem amedrontadas. "Não uses colares", "Não passes debaixo de cordas", "Não andes com chaves no bolso",... Eu fiz tudo. O ridículo é que as pessoas são capazes de não ter cuidado com o que comem e bebem, ou seja, com coisas que realmente interferem no crescimento, e depois preocupam-se imenso com superstições. Ganhem tino! E não me venham dizer: "A "fulana tal" não ligou e o bebé nasceu com o cordão à volta do pescoço"... A isso chamam-se coincidências. Infelizes coincidências, por sinal. Pode até haver outra causa qualquer para ter nascido "assim ou assado", mas com certeza não será porque usou fios ao pescoço ou passou por baixo de cordas.
Conselho: quando tiver alguma dúvida, por muito ridícula que possa parecer, perguntem ao médico. E se realmente querem aumentar a produção de leite, relaxem, descansem e bebam muita água.

6. Nasceu!
Cada parto é um parto e todas as mulheres são diferentes e por conseguinte a sua recuperação também. Não posso falar por todas, mas posso falar por mim. Eu tive o meu filho de parto natural e de facto, duas horas depois já me levantava sozinha. Contudo, os pontos doíam-me. Sempre que fazia força para me levantar, sentar (o que tinha de ser de lado) custava-me um bocado. E assim foi durante quase um mês. Claro que as dores vão diminuindo, mas a recuperação não foi tão rápida quanto eu tinha imaginado. Descobri então, que as calças de ganga não eram a melhor opção para esta fase. As leggins, saias, o vestuário mais confortável (7) possível, são sem dúvida a melhor opção.  Nesta fase preocupem-se mais com o conforto.
Algo que também varia muito é a recuperação da barriga. Depois do meu filho nascer, a minha continuou enorme. Nos dias seguintes, ainda parecia estar grávida! Não pensem que se vão virar logo a fazer abdominais para recuperar a forma. Esqueçam, porque não podem mesmo fazer esforços por causa dos pontos. Mas ao mesmo tempo, os primeiros dias são os mais importantes, e é agora que vão sentir a primeira ajuda do vosso bebé: amamentação. Ao amamentar eu sentia as contracções dos músculos abdominais. Era a natureza a ajudar na recuperação do corpo. A amamentação não ajuda só no aumento das contracções musculares, mas também faz com que as mamãs tenham uma alimentação mais cuidada. Para além disso, a produção do leite gasta-nos muito do que se comeu... Por isso, amamentem!
Uma grande ajuda para reafirmar o abdómen são as faixas (8).  Antes do parto estive para comprar uma cinta, mas depois dei graças por não ter cometido esse erro. Se a simples costura das calças me incomodava por causa dos pontos, não quero imaginar o desconforto que uma cinta me iria causar.


7. A sensibilidade do bebé.
Há várias opiniões sobre a forma como as mães devem ou não abdicar de certos acessórios depois da gravidez. O vosso bebé é o ser mais frágil e sensível que vocês alguma vez conheceram e o meio envolvente traz imensas ameaças. É óbvio que não podem proteger de tudo, mas, na minha opinião, devemos proteger do que conseguirmos, principalmente das ameaças que dependem de nós.
Eu deixei os colares, as pulseiras, os relógios, todos os acessórios que pudessem magoar o bebé. Nos primeiros meses, o bebé está literalmente colado a nós e às pessoas que nele pegam e por muito que se protejam com a fralda de pano, é preciso evitar sempre os perfumes, principalmente os intensos, e os cheiros fortes. O tabaco então é uma verdadeira praga. O cheiro prende-se aos tecidos e aos cabelos e o bebé fica em contacto com ele. Há mesmo que evitar!


Lista de compras/empréstimos falados acima:

1. óleo de amêndoas doces
2. creme anti-estrias próprio para grávidas
3. soutiens de amamentação com aro
4. Purelan
5. discos de amamentação
6. almofada de amamentação
7. vestuário muito confortável (por causa dos pontos e da facilidade de amamentar
8. faixas pós-parto

23 de agosto de 2012

Gosto pouco que me chateiem


Sou uma irritada. Já mo disseram e vão continuar a dizer-me precisamente porque vou continuar a sê-lo. Se não querem que seja irritada, não me irritem.
Hoje estou irritada com a hipocrisia.
A hipocrisia anda por aí à solta sem qualquer rédia e todos nós convivemos com ela com a maior naturalidade. Não sabemos pôr-lhe travão e já está tão enraizada que por muito que algumas alminhas lhe queiram fazer frente, não vão conseguir.

Irritam-me os elogios hipócritas. Da boca sai uma coisa mas os olhos mostram outra completamente diferente. Irrita-me ouvir aquelas mulheres, que tanto bateram nos filhos, dizer às mães que hoje dão uma palmada, “Não faça isso à criança” e a opinarem sobre tudo e mais alguma coisa sem se recordarem como é difícil a tarefa de educar uma criança, principalmente quando todos os outros adultos, cheios de sensatez, tentam arruinar todo o trabalho.

A hipocrisia das pessoas que contam coisas por maldade e por coscuvihice e depois dizem “pensei que sabia”, ou “eu digo isto para seu bem” causa-me náuseas. A alegria das pessoas em ver a infelicidade dos outros é uma tristeza.
“Então o seu filho já conseguiu emprego? Olha que bom!”, é o que sai pela boca, mas o que podemos ler nos olhos é “de certeza que foi com cunha”.  E o pior é que estas pessoas são as que mais indignadas ficam quando se vira o bico ao prego. 
Eu gosto pouco que me chateiem com estas coisas. Detesto quando alguém nitidamente hipócrita nos enche de perguntas sobre a nossa vida e ache estranho que não lhe respondamos com um sorriso no rosto. Estes hipócritas são o resultado de falta de ocupação. São aqueles que não têm nada com que se entreter e acham que a vida dos outros pode ser a sua novela das 6. Destes hipócritas eu até costumo ter pena porque não conseguem encontrar nada mais divertido para fazer e acham que coscuvilhar a vida dos outros é do melhor que há.

Mas maior hipocrisia é a que tem repercurssões à grande escala, maior hipocrisia é a que vem espelhada nos telejornais e esmaga a vida prática de todos nós. Para compreender o que é hipocrisia no seu apogeu, não há nada melhor do que assistir a um debate no parlamento. Faça esse exercício. Mas aviso que é absolutamente hilariante.

10 de julho de 2012

As circunstâncias

A animosidade que se encontra no trânsito todos os dias podia ser – e já foi com certeza – a base para variadíssimas análises sociais e psicológicas. A forma como se encara o “carro” que tenta meter-se quando a prioridade é nossa, o “anormal” que atrasa o trânsito porque faz a rotunda toda pela faixa da direita e o outro que não sabe para que servem os piscas está ao nível do tratamento que se dá aos árbitros nos jogos de futebol.
A descaracterização que os “carros” assumem perante nós é, de facto, curiosa, mas também inevitável. Faço “mea culpa” e admito que também me irrito solenemente com os condutores que, por exemplo, ignoram que os passeios servem para os peões circularem e que convém que tenha uma certa largura, caso contrário carrinhos de bebé e cadeiras de rodas ficam proibidos de passar em segurança, só porque os confundem com uma excelente forma de estacionar à porta do seu destino. Confesso ainda que lanço olhares ferozes aos condutores quando me vêem na passadeira e convenientemente se esquecem do código da estrada que grita que a prioridade é minha. E então eu aceno a cabeça mais uma vez e fico a ferver por dentro.
Não sou psicóloga nem socióloga, mas se tivesse de me basear no trânsito para descrever o condutor português não hesitaria: EGOÍSTA. Basicamente, quando estamos na estrada só nos interessa chegar ao nosso destino o mais rapidamente possível. Se podíamos deixar o outro passar e isso só nos atrasaria 5 segundos e ajudaria o trânsito a fluir melhor, não interessa. Na verdade, a maior parte das vezes nem se pensa nisso. A determinada altura, os outros carros transformam-se em meros obstáculos que é preciso ultrapassar ou contornar. As passadeiras nem se vêem e inevitavelmente os peões também não. Facilmente o trânsito se transforma numa verdadeira Selva e todos os condutores se acham os Reis.
Quando, por milagre, se encontra uma Alma iluminada que cede a passagem a algum carro ou que pára na passadeira, leva buzinadelas. É como se de um sinal de fraqueza se tratasse.
O curioso de tudo isto, é que, se as pessoas se cruzam fora dos carros, tudo muda. A falta de cordialidade, de respeito e de ordem, acontece com mais facilidade quando estamos dentro da carapaça. Somos capazes de buzinar “àquele burro” que virou sem dar pisca e, sem reconhecer, encontrá-lo no infantário do nosso filho a segurar-nos a porta para passarmos. E nós agradecemos com sorriso no rosto.
A forma como as circunstâncias interferem com a nossa maneira de ser, se não fosse tantas vezes ridícula, poderia ser bastante engraçada.

21 de junho de 2012

Portugueses todos os dias


Eu gosto dos que são portugueses todos os dias, todo o ano.
Daqueles portugueses que se levantam para ceder o lugar a quem está mais cansado, pelo tempo, do que eles. Gosto dos portugueses que ajudam quem precisa a atravessar a passadeira. Gosto de portugueses que devolvem aquilo que encontram perdido e não lhes pertence. Gosto de portugueses que defendem quem precisa. Gosto dos portugueses que cumprem os seus deveres cívicos, conscientes de que é o melhor para o seu país. Gosto dos portugueses que dão sorrisos aos outros, que sabem respeitar os outros e gosto ainda mais dos que dão parte do seu tempo, desinteressadamente, para ajudar os outros.

Não gosto dos portugueses que não são nada disto e depois se acham mais portugueses do que todos os outros porque vêem um jogo de futebol em que torcem pela selecção nacional.

Mas sim, gosto ainda mais dos portugueses que são verdadeiramente portugueses e torcem também por Portugal não só no futebol, mas em todas as modalidades.

Sejam portugueses e não é só a selecção que vai longe. É Portugal também.

18 de junho de 2012

Temos tanto


(Não quero generalizar, não digo que não tenhamos a outra parte, digo apenas que também temos esta, e em grande número)

Temos crianças mal-educadas. 
Temos pais que se desresponsabilizam da má-educação dos filhos e tiram satisfações com os professores.
Temos professores que não se interessam pelo futuro dos alunos e olham para a profissão como uma forma de ganhar dinheiro e não de educar, de instruir pessoas. Há até os que comentam “eu não estou para me chatear, se não quiserem aprender o problema é deles”. 
Temos directores das escolas que querem acreditar que está tudo bem porque procurar o problema dá trabalho.
Temos políticos corruptos, temos representantes dos maiores grupos económicos corruptos. 
Temos concursos públicos corrompidos, parcerias sujas e acordos manhosos. 
Temos desportistas, árbitros e dirigentes corruptos.
Temos uma crescente taxa de criminalidade violenta. 
Temos a falta de respeito e de reconhecimento pela autoridade das forças policiais. 
Mas depois também temos os polícias corruptos e criminosos.
Temos os futuros juízes a copiar no exame da Ordem, temos todos os estudantes a copiar nos exames, mesmo os que um dia vão ter as nossas vidas nas suas mãos.
Temos funcionários públicos que tratam os utentes como se lhes tivessem a fazer um favor, como se só os tivessem a estorvar. 
Temos desempregados que não estão desempregados e ganham dois ordenados. 
Temos desempregados que estão desempregados porque não querem trabalhar.
Temos fiscais que deveriam verificar a veracidade das necessidades das pessoas, mas que têm medo ou acabam corrompidos.
Temos pessoas que não têm emprego porque não têm experiência. 
Temos pessoas que não têm emprego porque têm mais de 40 anos.
Temos pessoas que precisam dos subsídios da Segurança Social para viver. 
Temos uma Segurança Social que se engana muito e não informa os cortes dos subsídios.
Temos patrões que preferem comprar Mercedes a pagar o ordenado aos funcionários.
Temos funcionários que não sabem reconhecer o esforço dos patrões quando as coisas correm mal.
Temos dirigentes que não sabem o que é trabalhar, que não sabem o que é começar de baixo e evoluir por mérito na carreira, a mandar-nos trabalhar e merecer o nosso lugar.
Temos políticos a deitar as culpas uns aos outros por isto estar como está...

Há um problema transversal a tudo isto. O problema não é o que temos, mas antes aquilo que não temos: valores! Nesta terra já não há valores morais. A honra, a honestidade, a dignidade e o respeito acabarão por cair em desuso e desconfio que no próximo acordo ortográfico acabem mesmo banidos do dicionário português.

Isto resolve-se se fizerem questão de reavivar os valores morais, se fizerem questão de os pôr em prática todos os dias e se fizerem com que sejam exemplo para os vossos filhos e todos os que vos são próximos. Porque se o fizerem, vão ter mais vontade de reclamar quando virem alguém a ignorar estes valores.

31 de maio de 2012

A vida tem mais cor.

o comilãoAs grandes chatices da minha vida agora são minorcas. Nas noites que mais me incomodava, aquelas noites em que decidia choramingar sem que eu percebesse porquê, deixava-me bastante irritada e a pensar que acordar assim é uma verdadeira chatice. Mas quando, entre o choro, sem eu contar, me dava um sorriso, a irritação fugia a sete pés.
Nessas alturas eu comecei a perceber o verdadeiro sentido de ser mãe. Por muitos problemas que um filho nos dê, por muito que nos privemos do sono, de saídas, de tempo para nós, ele compensa-nos da maneira mais simples e honesta que poderia compensar: Amando-nos.
Os dias nunca foram maus, mas agora, quando chega a hora de ir buscar o pimpolho à creche, o dia fica óptimo. Ver aquele sorriso maroto e ouvir aquelas gargalhadas ao fundo do corredor quando vê a mamã, é um mimo! Sim, as mães também são extremamente mimadas pelos seus bebés. O meu, pela quantidade de vezes que me esborracha contra ele e me tenta ferrar as bochechas deve ter aquele sentimento que nós temos por eles:  "é que só apetece trincar!".
Depois há as bofetadas. As bofetadas que ele dá a toda a gente em plenas gargalhadas e para poder desgastar as suas pilhas duracell.
Os dentinhos a furar, uns atrás dos outros são um espectáculo. O seu interesse pelos comandos da televisão, pelos telemóveis e pelos computadores sobrepõe-se ao interesse pelos brinquedos de mil e uma cores e texturas, de musiquinhas de todos os tipos. Mas quando ele começa a "falar" mais alto do que nós, intermitentemente, é simplesmente delicioso. Se essa mania continuar, poderei finalmente dizer que em alguma coisa sai à mãe.
Aquelas mãozinhas, aqueles pezinhos, todo ele um senhor em ponto pequeno, extremamente fofinho, facilmente me põe a suspirar.

Perguntem-me se penso em como gostaria de continuar a dormir até à hora que me apetecesse, se penso em como gostaria de ter tempo só para mim e tomar decisões baseando-me apenas no que é melhor para mim, basicamente, se penso em como gostaria de me poder pôr em primeiro lugar. Às vezes penso. E sim, às vezes penso que era bom que isso ainda assim fosse. Mas é MUITO melhor ter o meu filho na minha vida.
Uma verdadeira delícia! Um amor de perdição!

4 de abril de 2012

Agora é medo.

Há pessoas que têm um enorme medo de morrer. Pessoas que se arrepiam só de pensar nessa possibilidade mais do que inevitável. A maioria das pessoas tem esse medo, mas eu não tinha.
Não tinha porque eu achava que estava pronta para morrer. Não porque não tivesse planos ou sonhos ou objectivos, não era nada disso. Tinha-os, sempre os tive e não eram poucos. Mas não tinha medo da morte porque, todos os dias, fazia o que achava correcto, o que a minha consciência me aconselhava e deixava-a sossegada.
Por isso, eu estava preparada para morrer a qualquer momento. Deixaria muitos planos suspensos, muitos sonhos por concretizar, muitos sorrisos e gargalhadas por dar, mas não levaria pesos na consciência.

Mas o medo chegou. O meu medo chegou contigo. O meu medo chegou com a responsabilidade que tenho pela tua existência. A tua dependência prende-me a este mundo e aterroriza-me a possibilidade de teres de trilhar todos estes mistérios sem mim. A minha missão és tu. Eu tenho de te guiar, de te iluminar, de te proteger. E é o que eu mais quero. Os meus sonhos não morreram quando tu nasceste, apenas alteraste as minhas prioridades e penso nisso a sorrir.
É aterrorizador o medo que sinto de poder ser privada de te ver crescer, de passar um dia sem ver esse sorriso maravilhoso. Fico aterrorizada com a possibilidade de não poder partilhar contigo os valores que gostava que tivesses sempre presentes na tua vida, a possibilidade de não te mostrar como amar incondicionalmente e de te fazer sentir a pessoa mais amada neste mundo.
Tenho medo que cresças sem mim. Não é por ser extraordinária ou melhor do que alguém, é por ser tua mãe. As mães são insubstituíveis.
Não olho para ti como outro Ser. Não consigo. Mas não te vejo como um pedaço de mim. Vejo-me como um pedaço de ti.

Afinal não posso dizer que conheço o Amor Supremo. Não posso porque a cada dia que passa eu amo-te ainda mais. Os sorrisos, as gargalhadas, as palminhas, o palrar, os passinhos, todas as tuas brincadeiras fazem crescer o Amor que considerava ser o Supremo. Dia após dia esse Amor cresce de forma incontrolável. E essa falta de controlo assusta-me. Jamais conseguirei espartilhar isto. Eu quero que este Amor te acompanhe para o resto da vida. Eu quero continuar a ser o teu escudo.
Agora tenho medo de morrer.

2 de fevereiro de 2012

Poupem o nosso dinheiro!

O Governo pede aos sindicatos para pensar no impacto que as greves têm na economia do país. Concordo. Mas peço ao Governo para pensar no impacto que as medidas de austeridade têm nas famílias portuguesas.

Contam-se pelos dedos, ou nem se contam, os políticos que já tiveram de fazer contas à vida para tentar pagar todas as suas despesas e manter um nível de vida aceitável e, por isso, não têm a noção do que isso é. Não compreendem as dificuldades nem o sofrimento de quem trabalha, de quem contribui para o desenvolvimento da economia, mas depois tem de calar a enorme frustração de não conseguir gerir a sua própria vida.

Gostava de ver os Senhores deputados a ter de optar por sardinhas para o jantar quando o que queriam comer era salmão. Gostava de os ver comer só carne de porco e frango, quando lhe apetecia um bife de vaca ou um cabrito assado. Eles não têm noção que estas escolhas estão presentes no dia-a-dia de quase todos os portugueses.

Quando pedem mais espírito de sacrifício aos portugueses, não se imaginam, eles próprios, a ter de vender o carro, que para muitos é um instrumento de trabalho, porque não conseguem pagar o seguro, o combustível e a prestação.
Quando lhe sugerem que façam poupanças, não imaginam que o dinheiro quase não lhes chega para pagar as despesas da casa, dos filhos, da escola. Não sabem o que é querer levar o filho a um médico especialista, mas não poder, porque não têm dinheiro para a consulta. Não sabem o que é sentir-se encurralados, sufocados e não ver nenhuma luz ao fundo do túnel.
Não sabem e ainda bem. Não desejamos essa sorte a toda a gente. Não sabem, mas falam como se soubessem. Falam como se ainda fossem um exemplo a seguir. O Senhor Presidente da República assim fala. E qualquer português seguiria o seu exemplo, todo contente.
De facto com os rendimentos que o Senhor Presidente da República tem, e teve ao longo da sua vida, só se fosse muito desgovernado é que não conseguia fazer "poupanças".

Eu não peço aos Senhores deputados para passarem pelas dificuldades acima inumeradas. Peço-lhes apenas que sejam sensatos e poupem o nosso dinheiro. Sejam conscientes e abdiquem de carros topo de gama, não aldrabem para receber ajudas de custo de que não precisam e façam o vosso trabalho. A avaliação de desempenho devia chegar ao parlamento. Tantos deputados para quê?

As rendas dos imóveis que a Ministra da Justiça quer renegociar (e bem), os "concursos" públicos com critérios incompreensíveis e escolhas inacreditáveis, as lista de materiais com preços absurdos, como as da Segurança Social que foram tornadas públicas pela SIC, os infindáveis "não é por isto que o Estado vai ficar pobre", foram o grão a grão que esvaziaram o papo da nossa galinha! E agora tiram o grão às famílias que precisam verdadeiramente dele.

Não gozem connosco. Temos estado quietos, mas um dia isto há-de acabar. Não brinquem com as nossas vidas muito menos com o futuro dos nossos filhos. Estou farta de ver quem trabalha a ser prejudicado e quem não faz nada, porque não quer, a receber RSI's altíssimos e a passear de Mercedes. Estou farta de ver quem realmente precisa a não receber ajuda nenhuma.

-Reduzam o número de deputados;
-Cortem nas vossas regalias;
-Averigúem a real situação das pessoas que recebem subsídios (o que não tem de ser cortar de imediato e esperar que as pessoas se queixem, depois de passar meses literalmente à rasca);
-Sejam verdadeiros gestores e façam com que as entidades públicas passem a ser auto-sustentáveis;
-Poupem o nosso dinheiro!


Estou completamente farta.