14 de agosto de 2011

O verdadeiro Amor

Eu sempre ouvi dizer que o "Amor de Mãe" é algo inexplicável. Não sei bem porquê, mas parece que todas as mães sempre fizeram questão de reservar a experiência só para si. Agora que faço parte do "complô", vou tentar explicar o que, para mim, é antes incomparável.
O verdadeiro Amor é uma sensação maravilhosa. Sensação essa que os mais felizardos já puderam sentir e outros ainda mais sortudos conseguiram perpetuar por toda uma vida. Quando se ama, há algumas coisas que nos fazem sentir bem, que nos mostram que somos também amados. Sentir que a outra pessoa precisa de nós, que, de certa forma, a sua plena felicidade depende de nós, dá-nos uma sensação de bem-estar, de segurança. Pode até ser um pensamento um pouco egoísta, mas, por vezes, é o que nos mostra que o Amor é real, que é sincero.
Amar e ser amado é a plenitude do Ser. Pede-se honestidade, desejamos ser sempre amados com a mesma intensidade e com toda a sinceridade. Esperamos que a essência do Amor nunca se desvaneça numa relação.
Contudo, como infelizmente alguns também saberão, por vezes enganá-mo-nos. O Amor entre casais nunca é uma certeza absoluta.

Mas o que existe entre uma mãe e um filho é a concretização do verdadeiro Amor.

A necessidade, a dependência de um filho da sua mãe é a coisa mais genuína que existe. A forma como a reconhece apenas pelo cheiro é fantástica. A capacidade de reconhecimento da voz da mãe nos primeiros dias de vida é extraordinária.
Ser o conforto e o alimento de alguém é incomparável. Quando se é Mãe conhece-se, por fim, o que é o verdadeiro Amor em toda a sua essência e com toda a pureza. O bebé não finge precisar da mãe, o nosso filho ama-nos incondicionalmente. A forma como se apoia no nosso peito, como reage à nossa voz, como se acalma quando nos sente por perto é incomparável.
É incrível a forma como uma criança, cujo rosto acabámos de conhecer, uma criança que não consegue declarar-nos o sente por nós, consegue mostrá-lo tão honestamente e como consegue fazer com que a amemos como se tivéssemos já partilhado uma vida inteira. A dependência torna-se recíproca. A incapacidade de ouvir o choro do nosso filho sem sentir um aperto no peito, a forma como também nós nos reconfortamos com o mimo do nosso bebé, torna-nos dependentes.
Admiramos cada traço do rosto do nosso bebé. Vibramos com cada gesto, cada movimento novo. Acompanhamos a sua evolução e o seu crescimento e parecemos nós as crianças ao comover-nos com acontecimentos que deveriam ser normais. Mas para nós é tudo fantástico. Afinal de contas, aquele pequenino ainda há pouco estava dentro de nós. Este Amor é sim uma certeza.

Isto é o Amor de Mãe.