24 de setembro de 2010

Recriminações

Não aceito que me digam o que devo ou não dizer. Não aceito que recriminem opiniões que surgem de ideias e ideais por estarem em conflito com "interesses". Cada um responde por si. Eu respondo por mim e a quem a mim se dirigir. Sou nova, inconsequente na opinião de alguns, mas nem por isso muito confrontada. Talvez por receio da recriminação. Há um ditado que diz "quem tem telhado de vidro não atire pedra ao do vizinho". Mas há pessoas que gostam mais de "atirar a pedra e esconder a mão".

Sim, critico e recrimino tudo o que me incomodar, na altura e forma que achar mais correctas. Não estou imune, nem quero estar, a críticas e recriminações de outros. Desde que devidamente fundamentadas.

Injustiças? Muitas. De quem tem consciência que as faz e mesmo de quem quem ser o mais correcto e justo possível. Minhas também.
Sou nova. Deixem-se ser. Sou nova, mas sou maior e vacinada e não peço a ninguém para responder por mim, nunca. Quando erro (e faço muitas vezes), assumo. Quando tenho razão, ninguém me cala. Perdoem-me a juventude. Se calhar é o que falta a muita gente. A juventude dá-nos coragem ou "lata" como alguns preferem chamar.



Não quero ser a crítica de café. Sentada numa mesa a criticar os políticos que não fazem nada, e os cinemas vazios, e a calamidade da fome, sem nada fazer. Não quero ser hipócrita. Deus me livre disso! Sou crítica desses críticos. Principalmente os que criticam, mas depois rematam com "chama-lhes burros", ou "eu se pudesse fazia o mesmo", "a vida está para os espertos"... O QUE É ISTO?!

Os valores estão a morrer. E estão todos, numa mesa de café, a criticar a fome dos valores, mas ninguém os alimenta! E ainda criticam quem o tenta fazer, porque lhe atrapalha a ponte que soterrou valores, para chegarem mais facilmente aos seus "interesses".

2 de setembro de 2010

Inteligência emocional

Por que é que as pessoas se esforçam tanto para viver longe da sua consciência?

Esforçam-se por arranjar desculpas para todos os seus actos, esforçam-se por culpar os outros por erros que foram também seus.
Esforçam-se porque assim se sentem melhor. Afastam a sua consciência porque ela os incomoda. Traz-lhes aquele sentimento de impotência, aquela incapacidade de fazer o tempo voltar atrás para corrigir as coisas. E as pessoas (na sua grande maioria, claro está) não suportam esse peso, ou o "acto de contrição" que transformam em peso.
Não vale a pena... As pessoas preferem ser engenhosas ao ponto de transformar as suas culpas em culpas dos outros. Mas sem darem conta, pioram tudo. Não conseguem perdoar, não conseguem esquecer e não compreendem por quê... É simples: porque a culpa está em si.
Esquecem-se de se colocar no lugar das outras pessoas: pensar nas suas motivações, pensar na sua dor, pensar nas suas diferenças. Ouvem as máximas de pensadores, acham-nas muito bonitas e sábias, mas não as sabem pôr em prática. "Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti" é uma delas.

E eu entristeço-me.
Conseguir conviver com a consciência é um acto de inteligência. Sejam orgulhosos mas não sejam estúpidos. A Razão é uma Senhora muito independente, ninguém é seu dono.
Olhem para o passado, com olhos de ver. Olhem para o passado e vejam as coisas como elas, de facto, aconteceram, e aprendam. Reparem no que fizeram de bem e repitam. Reparem no que fizeram de mal para não repetir.

Nós não somos o centro do mundo. O que os outros são, pensam e sentem também é importante. Vestir a sua pele, muitas das vezes, pode ser um raio de luz na nossa inteligência emocional. Há tanta gente às escuras!

Não acreditem nas vossas próprias mentiras. Isso são actos de desespero. E são actos que se podem tornar hábitos...

Pensem nas coisas. Vejam-nas como elas são, como elas foram, e não como é mais confortável ver.

Eu trago tudo comigo.